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Hackers podem clonar as chaves do seu carro

Atualmente são raros os automóveis que não têm um sistema de travamento e destravamento automático das portas. Com o simples apertar de botão ou apenas pela presença de um dispositivo em nosso bolso, podemos destrancar nosso carro, eliminando a necessidade de colocar a chave na fechadura da porta como nos velhos tempos. No entanto, esse sistema não é 100% seguro e pode trazer muitos transtornos, principalmente se os criminosos forem experts em tecnologia.

Isso acontece porque cada chave tem um mecanismo que pode ser facilmente invadido e alterado por hackers, fazendo com que chaves “virgens” possam adquirir as frequências individuais desses dispositivos e consigam clonar as informações, de modo a conseguir entrar em qualquer automóvel. Como a comunicação carro-chave é constante e ininterrupta, os riscos são sempre grandes.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e da empresa de segurança alemã Kasper & Oswald divulgaram um estudo mostrando como essa tecnologia é suscetível à ação de criminosos em ataques de clonagem das chaves. As falhas de criptografia eram o grande vilão neste caso e muitas empresas acabaram passando por isso.

O caso mais icônico foi da Volkswagen. A montadora alemã utilizava um sistema de chave-mestra em que todas as chaves tinham um esquema de criptografia bem parecido, o que facilitou a ação de criminosos e resultou em roubos de carros do grupo, como Audi e Seat.

Segundo a BBC, os criminosos conseguiam destrancar os veículos fazendo a engenharia reversa do sistema para quebrar o firmware utilizado nas chaves para ter, dessa maneira, acesso a todo o sistema de travas sem fio da empresa e das demais fabricantes do grupo. O mais curioso é que um dos dispositivos utilizados para essa invasão era um simples receptor de rádio de R$ 150.

Como podemos evitar?

Para evitar, especialistas alegam que a maneira mais simples e barata de fazer isso é embrulhar as chaves em papel alumínio. Esse material isola as ondas de rádio emitidas pela chave, evitando que hackers possam rastreá-las. Além disso, existem carteiras e bolsas que funcionam como gaiolas de Faraday e isolam essas ondas, mas que custam um pouco mais caro, naturalmente.

Mas se você não quiser gastar nem mesmo com o papel alumínio, trancar o carro com a chave física, como nos velhos tempos, também ajuda.

GM aumenta aposta em elétricos e autônomos para US$ 35 bilhões

General Motors tem objetivo de transformar toda sua linha de carros em modelos eletrificados – Foto: Divulgação

A General Motors e suas empresas seguem firmes no objetivo de transformar toda sua linha de carros em modelos eletrificados. Em anúncio realizado, a gigante estadunidense revelou que vai aumentar o investimento em veículos elétricos e autônomos para US$ 35 bilhões até 2025, 75% a mais do que o anunciado antes da pandemia da Covid-19.

Segundo a GM, o que mudou dentro do planejamento da empresa foi o sucesso de alguns modelos eletrificados lançados recentemente, como o GMC Hummer EV e Hummer EV SUV, o Cadillac LYRIQ e a picape elétrica Chevrolet Silverado. Com o aumento das cifras, a empresa deve fazer mais investimentos em revendedores, experiência do cliente e infraestrutura de carregamento. A empresa também ressaltou seu bom momento econômico e a sobrevivência em meio às crises causadas pela pandemia.

Com o aporte de US$ 35 bilhões, a General Motors pretende desenvolver melhor seus veículos elétricos e autônomos, bem como as tecnologias embarcadas, como as baterias Ultium e as células de combustível Hydrotec. Além disso, a promessa de entregar até 30 veículos elétricos globalmente até 2025 será ampliada com a inclusão de caminhões comerciais e mais modelos de SUVs.

Pagar para usar funções de seu carro pode ser uma realidade em breve

Carros tecnológicos com sistemas e atualizações pagos – Foto: Divulgação

Os carros estão cada vez mais tecnológicos e conectados, como se fossem verdadeiros smartphones e computadores sobre quatro rodas. E com o avanço desses produtos, é natural que muitas facilidades comecem a surgir, como itens de entretenimento e conforto totalmente automatizados e alinhados com o que há no mundo fora do automóvel. Mas e se te disséssemos que, um dia, você terá de pagar para usar, por exemplo, o sistema de resfriamento dos bancos ou até mesmo a câmera de ré? Bem, é para esse caminho que a indústria pode estar indo.

Muitas empresas já oferecem atualizações over-the-air para seus carros. Tesla, BMW, Mercedes e Volkswagen, por exemplo, usam desse expediente quando precisam modificar alguma coisa no veículo, seja para atualizar alguma calibração de motor e suspensão ou até mesmo a equalização do sistema de som. Alguns analistas de mercado têm observado esse movimento, sobretudo na Alemanha. A Volkswagen, por exemplo, está investindo pesado em carros mais tecnológicos por lá, como a linha ID de veículos elétricos. Segundo o Automotive News, a montadora deve implementar um sistema de atualização online para esses veículos que deve cobrar para “desbloquear” algumas funções dentro dele, ou até mesmo lançar planos de assinatura.

Isso pode acontecer, por exemplo, com os pacotes de segurança semi autônomos. Com as plataformas já preparadas para ativarem essa série de funcionalidades, bastaria o proprietário do carro passar seu cartão de crédito na central do veículo e comprar o pacote imediatamente.

Aqui no Brasil isso já acontece, mas em menor escala. A General Motors, por exemplo, foi a primeira empresa a trazer conexão Wi-Fi nativa para todos os seus veículos. Isso, porém, só é possível mediante o pagamento de uma assinatura da operadora Claro. A BMW, por sua vez, já faz atualizações over-the-air em praticamente toda a linha, mas ainda não cobra pela maioria dos serviços. 

Foto/Destaque: Divulgação

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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