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Guilherme Aluízio

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Nesse momento em que estão se cumprindo 30 anos da aquisição do Jornal do Commercio e da Rádio Baré, firmada no final de 1984 pelo empresário amazonense Guilherme Aluízio de Oliveira Silva, são muitas as significações desse jornal para a vida do povo amazonense.
A sua continuidade reflete o anseio de seus leitores assíduos, que através da obra do presidente do JC, Guilherme Aluízio, um cidadão importante e de alta contribuição para a nossa sociedade, que juntamente com sua família formam um exemplo de baluarte social.

O Jornal o Commercio e a Rádio Baré integravam a Rede Diários Associados criada por Assis Chateaubriand, que já tinha rádio, televisão e jornais em todo o Brasil. Eles eram dirigidos por um intelectual chamado Epaminondas Baraúna.
O artista plástico amazonense e administrador de projetos culturais, Sérgio Cardoso, faz uma viagem no tempo para resgatar alguns momentos do JC inseridos no contexto político-cultural que vem atravessando décadas no Amazonas. “O Jornal do Commercio, ele é honra e tradição da imprensa amazonense em todo os tempos”, declara.
Cardoso conta que há 30 anos atrás quando o jornalista Guilherme Aluízio adquiriu o jornal ele partiu para um momento mais competitivo, com um novo upgrade na equipe de jornalismo. Com olhar visionário, investiu em profissionais de ponta, que tinham um sentimento de maior questionamento e inquietude com o trato e divulgação dos fatos traduzidos em notícias.
“O jornal passou a ter uma postura bem agressiva e bem forte nos anos 80. Esses são diversos momentos importantes que um jornal dessa envergadura vive e que determina seu caminho em seu segmento”, destacou.

O JC é um jornal para ser lido com calma durante o domingo, com sua edição especialmente preparada, com um estilo mais de revista, repleto de assuntos. Não só literatura mas toda a sorte de informação regional, nacional, internacional e notícias do Amazonas, do Brasil e do Mundo.
Portanto, a importância para a imprensa amazonense, para a imprensa brasileira, da existência de um jornal como o Jornal do Commercio é incomensurável. “É um dos símbolos da resistência, das liberdades através dos tempos contemporâneos do Amazonas para o Brasil, para o mundo. É um jornal realmente muito forte”, frisou.

O visionário

O amazonense Guilherme Aluízio de Oliveira Silva, um ícone do jornalismo, adquiriu o Jornal do Commercio em 4 de dezembro 1984, quando o jornal já estava em seu novo endereço, na avenida Tefé, havia dois anos, após haver passado praticamente toda a sua existência na avenida Eduardo Ribeiro, num prédio de três andares, literalmente caindo aos pedaços, demolido em 1982.
Na época, Guilherme Aluízio também adquiriu a Rádio Baré, a pioneira do Amazonas, que também ocupara o mesmo prédio na Eduardo Ribeiro. Passando por modernizações e avanços nesses últimos 30 anos, o JC chega aos 111 anos ainda buscando novos horizontes.
A permanência do Jornal do Commercio e o sentimento de que ele transita sempre na direção do futuro através dos tempos, na direção do êxito de ser o coração da memória cultural e existencial, não só da cidade de Manaus, bem como do Estado do Amazonas, e recentemente presenteia seus leitores e pesquisadores com seu acervo totalmente digitalizado.
“Isso é uma realidade. E faço votos que ele tenha vida longa e continue vivo com tradição da liberdade de escrita, da liberdade de se comunicar”, parabeniza Sérgio Cardoso.

O reconhecimento
Nesse momento Sérgio Cardoso abre um parêntese para dizer que o JC também é um jornal que marcou sempre pela seriedade, pelo pensamento, pela criatividade e pelas transformações. Ele foi o primeiro jornal a ter Offset nos anos 60 e ele marca também nessa época pela criação do Caderno Jovem.
“Um caderno suplemento dominical espetacular que reunia pensadores de toda a ordem –escritores, professores, pessoas da Inteligência amazonense tratavam de diversos assuntos e foi o maior sucesso, o primeiro grande suplemento cultural do Estado do Amazonas”, disse.
Em meados de 1968, os anos eram difíceis no Brasil, eram chamados “anos de chumbo”. Foi um grande upgrade técnico para o jornal, com o Offset um sistema mais moderno, mais rápido e muito mais eficaz, que depois, ou outros jornais se adequaram a essa realidade.
E a Rádio Baré era um marco na comunicação que tinha um casting de atores, escritores, redatores, roteiristas e todos da maior qualidade, produzindo novelas, especiais, programas interativos com a comunidade, quando nem se falava em Fantástico (programa dominical da Rede Globo) havia um programa na Rádio Baré chamado “Bossa Nova” que começava pontualmente às 19 horas quem conduzia o programa era Jaime Rabelo.
E no elenco desse programa tinha Maria do Céu, o Índio do Brasil, Ernane de Paula, Alberto Santos. Um elenco maravilhoso que juntava informação, humor, interatividade com o ouvinte com umas inserções engraçadas do estilo: cante pelo telefone, onde o locutor dizia uma palavra e o ouvinte além de adivinhar qual era a música, também tinha que cantar, ao menos o trecho em que a palavra estava inserida.

“Então as pessoas ligavam e cantava a música e depois ganhavam prêmios. Este era um programa maravilhoso”, recordou Cardoso.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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