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Grupo Orsa apresenta produto biodegradável em feira sustentável

A Fundação Orsa, empresa social do Grupo Orsa, um dos maiores conglomerados brasileiros do setor de madeira, papel, celulose e embalagens, com atuação também no mercado de produtos florestais não madeireiros, participa com as outras três companhias do Grupo, pela primeira vez, da Brasil Certificado, feira que reúne empresas, produtores e produtos ambientalmente corretos e socialmente justos. O evento, que começou ontem, deve terminar nesta sexta-feira.
A entidade apresentará o Projeto Curauá, iniciativa que possibilita o beneficiamento da planta típica da Amazônia e a venda de sua fibra à indústria automobilística como alternativa à fibra de vidro. O projeto, bem-sucedido, tornou-se fonte alternativa de renda às comunidades do Vale do Jari, localizado entre os estados do Pará e do Amapá.
O curauá (Ananas erectifolius) é uma planta típica da Amazônia com fibra extremamente resistente, superior à fibra do sisal e dez vezes mais forte que a fibra de vidro, que vem sendo reconhecida como alternativa altamente econômica e sustentável para aplicações industriais.
O Projeto Curauá nasceu em 2006 graças à parceria entre a Fundação Orsa, a Prefeitura Municipal de Almeirim (PA) e a empresa Pematec-Triangel, quando um grupo de 15 agricultores, orientados pelos técnicos da fundação, começou a cultivar 187.500 mudas de curauá em 7,5 hectares e, um ano após, beneficiaram 11 mil toneladas da fibra da espécie nativa.
Desde então, a Pematec-Triangel, companhia sediada em Santarém (PA), comercializa a produção do Projeto Curauá e 90% da demanda é destinada à fabricação de componentes do setor automotivo como painéis, porta-pacotes, laterais de portas e porta-malas de veículos do portfólio de gigantes do setor como Volkswagen, Honda e General Motors.
Outra aplicação, em fase de testes, é na forma de injeção plástica, em substituição ao petróleo para indústria automobilística e no mercado de veículos de duas rodas em itens como carenagem de motos e painel.
Comprometida com a sustentabilidade do projeto, a Fundação Orsa investiu em mais 400 mil novas mudas de Curauá e em uma máquina desfibradora para o beneficiamento da colheita.
Com o apoio da Fundação, mais 32 agricultores foram integrados à iniciativa e hoje 49 famílias são responsáveis pela gestão, além de ser diretamente beneficiadas.
Em dezembro passado, com a intercessão do Grupo Orsa e da Fundação Orsa, os agricultores do Vale do Jari tiveram acesso a importante financiamento junto ao Banco do Brasil para a compra de novas máquinas e mudas através do DRS (Desenvolvimento Rural Sustentável) para a inserção de 35 novos produtores, ampliando a área plantada para um total de 110 hectares. Atualmente, o Projeto Curauá movimenta uma renda bruta anual de R$ 392 mil e a expectativa é que mais pessoas sejam agregadas à iniciativa até o final deste ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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