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Grupo ‘Arte no Bosque’ homenageia artistas plásticos

No próximo dia 8, sábado, é o Dia do Artista Plástico. A data homenageia o nascimento do pintor paulista José Ferraz de Almeida Júnior, em 1851. Almeida Júnior é precursor da temática regionalista na pintura, dando destaque aos personagens anônimos e à cultura caipira numa época em que a arte brasileira era marcada pela monumentalidade.

Em Manaus os artistas plásticos serão homenageados com a segunda exposição itinerante do grupo ‘Arte no Bosque’, organizada pelo curador e galerista Patrick Steenbuch reunindo 18 artistas entre pintores e fotógrafos.

Em dezembro passado Patrick organizou a primeira exposição nas dependências do Bosque Clube. Esta agora será no mall do Pátio Gourmet, na av. Djalma Batista. Naquela ocasião Patrick disse que aquele seria o primeiro de uma série de outros eventos nos quais os artistas iriam mostrar, e vender, suas obras para um público amante da terceira arte.

Patrick e os artistas, no evento de dezembro
Foto: Divulgação

“O ‘Arte no Bosque’ e um programa cultural baseado num grupo itinerante de artes visuais que alberga artistas amazonenses, ou que vivem aqui, com a missão de levar sua arte e cultura amazônica além e aquém das possibilidades cotidianas num esforço de manter o público conectado e integrado nos diferentes degraus das belas artes”, explicou.

Esta edição do ‘Arte no Bosque’ homenageará a artista plástica Auxiliadora Zuazo, falecida em fevereiro.

Na mostra passada, 15 nomes integraram o grupo. Desta feita serão 18, já confirmados.

“Além dos pintores, também incluímos fotógrafos nesta exposição, que conta com o importante apoio da Secretaria de Estado de Cultura”, adiantou. 

Lembrando Auxiliadora Zuazo

Obra da artista plástica Auxiliadora Zuazo
Foto: Divulgação

O grupo ‘Arte no Bosque’ é filiado à Amazon Hostelling, empresa produtora de eventos e realizações artísticas. Atualmente reúne artistas plásticos de renome regional, nacional e internacional como Homero Amazonas, Noleto Silva, Ítalo Castro, Pietro Bruno, Hans Weissel, Bráulio Menezes, Erivelto Gomes, Rejane Melo, Jandr Reis, Arnaldo Garcez, Getson Scantlebury, Eliane Mezari, Noé Costa, Júlio Amazonas, Úrsula Mayer, Ignácio Evangelista, e os fotógrafos Julián Aude Santa Cruz e o próprio Patrick Steenbuch, que terão seus trabalhos expostos no Pátio Gourmet.

“Foi Ignácio Evangelista, grande amigo de Auxiliadora Zuazo, quem sugeriu a homenagem a ela, a quem denominou de a ‘dama das artes do Amazonas’. Outros integrantes do grupo também foram amigos de Zuazo, que nos deixou cedo demais. Ela foi integrante ativa do Clube da Madrugada, junto a grandes artistas amazônicos como Roberto Evangelista, Van Pereira, Bernadete Andrade, e Ignácio Evangelista, entre outros, ícones nos anos de 1980”, contou.

No evento passado, o homenageado foi o artista plástico Nil Santos, que havia falecido recentemente.

A vernissage da mostra está programada para às 10h, mas as obras permanecerão no espaço por uma semana, até o dia 15, sempre no horário comercial do Pátio Gourmet, das 9h às 21h, com visitação gratuita.

Pátio Gourmet é palco da vernissage e da exposição em si
Foto: Divulgação

“Os filhos poderão, inclusive, programar, com suas mães, uma visita à exposição já que, no dia seguinte, será o dia delas”, acrescentou Patrick.

O curador e galerista lembrou também que o evento vem comemorar o retorno dos artistas às suas atividades e que vender suas obras será de grande importância para a continuidade de seus trabalhos.

“Com tudo fechado, e parado, pela pandemia, praticamente todos tiveram dificuldades para pintar, pois é da venda de seus quadros que se mantêm e compram principalmente as tintas”, revelou.

Informações sobre o grupo ‘Arte no Bosque’ através do: 9 9186-7705.

Ícone feminino

Maria Auxiliadora Zuazo nasceu no seringal Santa Vitória, no município de Lábrea, em 22 de setembro de 1943. Ela veio ainda criança para Manaus, para estudar.

Em 1966, um ano após concluir o curso clássico, no Ginásio Amazonense Dom Pedro II, mudou-se para o Rio de Janeiro com a intenção de estudar na Escola de Belas Artes. Na escola teve como mestres Ames de Paula Machado, em gravura; Carlos Magno, em pintura mural; Abelardo Zaluar e Adir Botelho, em xilogravura, esta, o tipo de arte ao qual Zuazo se dedicou e a destacou entre os artistas.

Além da xilogravura e do desenho, Zuazo explorou técnicas como litogravura, gravura em metal, aquarela e estudos para tapeçaria.

Mulheres, crianças e paisagens típicas da Amazônia são alguns dos principais motivos que pontuam a obra da artista plástica. A temática feminina, segundo Jair Jackmont, colega e grande amigo de Zuazo, foi um dos motivos que prevaleceu no trabalho da artista amazonense.

Sua preocupação com as crianças levou Zuazo a criar uma escolinha de arte para cunhantãs e curumins junto com Patrick Steenbuch, ajudados por Renato Araujo, que forneceu a mobília para as crianças da escolinha.

Auxiliadora Zuazo faleceu no Rio de Janeiro, onde morava há mais de dez anos.

Foto/Destaque: Divulgação

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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