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Greve reduz atendimento bancário

Aproximadamente 25 agências bancárias puderam ser abertas em Manaus na quinta-feira (3). Das 128 agências, mais de 80% mantiveram as portas fechadas devido à greve dos vigilantes. Por mensagem através de dois carros de som, os vigilantes em greve anunciavam: depois de interromper as atividades nas agências bancárias, a classe pretende paralisar também no Polo Industrial de Manaus.
Embora a ameaça não afete a produtividade da indústria, o setor bancário demonstra preocupação com a segurança dos funcionários que continuam operando nas poucas unidades em funcionamento. De acordo com dados cedidos pelo Seeb-AM (Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos Bancários do Amazonas), as unidades tiveram que funcionar com apenas um ou dois vigilantes.
A paralisação começou na última quarta-feira (2), quando aproximadamente 600 vigilantes interditaram a porta de entrada e saída de carros fortes do Banco do Brasil, localizado na rua Tamandaré (Centro). Na ocasião, apenas 21,9% das agências bancárias de Manaus continuaram atendendo os clientes durante toda a manhã.
Com a interrupção das atividades dos vigilantes –além das agências bancárias permanecerem fechadas– serviços como o de recolhimento de dinheiro nos bancos e nas grandes empresas e o abastecimento de caixas eletrônicos estão sendo prejudicados.
O presidente do Seeb-AM, Nindberg Barbosa, se diz a favor da reivindicação dos trabalhadores, no entanto, lamenta as consequências da greve nas unidades bancárias. “Também sou membro de um sindicato que luta por melhorias. Essa luta é válida! O que me preocupa é a segurança dos colegas”, destaca, apontando para a instabilidade dos bancos ao operarem com poucos vigilantes.
Segundo o diretor da Federação Norte e Nordeste dos Bancários, Rubens Rodrigues, tanto as agências públicas quanto particulares continuam de portas fechadas durante a interrupção da categoria.

Greve no PIM

Na indústria, os reflexos podem ser sentidos de modo menos relevante. Para o vice-presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, não há como ‘atrapalhar’ a produção. “O certo seria dizer ‘dificultar’, principalmente no que diz respeito ao patrimônio das companhias”, ressalta.
As empresas localizadas no PIM que dependem de vigilantes terceirizados tendem a atrasar processos burocráticos, como: entrada e saída de pessoas pelas portarias, controle de veículos e o zelo pelas dependências das fábricas.

Entenda as reivindicações

De acordo com o presidente da Fesvine (Federação dos Vigilantes Profissionais do Norte e Nordeste), Frank Romero, a classe tem jornada diária de 12 horas de trabalho e luta para aumentar para 20% sobre o salário o valor referente ao risco de vida. Com salário base de R$ 705, os vigilantes exigem reajuste de 25%, além de um acréscimo de R$ 6 sobre o ticket alimentação (atualmente, o vale é de R$ 9).
A contraproposta assinada pelo sindicato foi apresentada esta semana com a sugestão de 6,22% de aumento (o que somaria R$ 25 ao salário atual) e R$ 1 a mais para o vale-alimentação. Para Romero, não há como aceitar a proposta. “Estamos irredutíveis e o movimento só vai crescer se não conseguirmos um acordo”, adianta.
Embora a interrupção não tenha o apoio do Sindicato dos Vigilantes de Manaus, a greve já conta com funcionários das empresas: Prosseguir, Metta, Visam, Polo Norte, Global Service, Transexcel e Marshall.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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