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Governo registra primeiro déficit primário em 2008

O déficit primário do Governo Central, em novembro deste ano, foi de R$ 4,3 bilhões de acordo com informações divulgadas pela Secretaria do Tesouro Nacional.
Foi o primeiro déficit neste ano e o maior já registrado pelo país, para o mês de novembro, desde o início da série histórica, em 1997. O resultado primário das contas públicas é a diferença entre as receitas e as despesas – exceto os gastos com os juros da dívida.
No acumulado do ano, no entanto, o resultado primário do governo atingiu R$ 91,5 bilhões, acima da meta para 2008 de R$ 77 bilhões. Esse resultado inclui os R$ 14,2 bilhões que servirão para compor o Fundo Soberano.
O Governo Central é formado pela União, pela Previdência Social e pelo Banco Central. Apesar do déficit, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, considerou que se trata de um resultado positivo, considerando, segundo ele, que o ano será fechado com um superávit primário bem superior ao ano de 2007. “Não há nenhuma frustração”, disse o secretário. “O resultado desse ano é inclusive bem superior a meta do ano de 2008 e representa a continuidade de uma situação fiscal muito sólida”, disse o secretário.
De acordo com o secretário, o déficit de novembro se deve às compensações pagas no mês passado aos estados, referentes à Lei Kandir. Ele informou que o pagamento somou R$ 732 milhões. O governo contabilizou ainda, de acordo com o secretário, uma despesa no mês de novembro de R$ 2,4 bilhões, em função da mudança de data do pagamento dos benefícios da Previdência.
Ao divulgar o resultado do mês de novembro, Arno Augustin, disse que não demorará muito para o Brasil voltar a fazer emissões de papéis no mercado internacional. No entanto, ele ressaltou que é necessário deixar passar um pouco a crise financeira.
O secretário considerou que o pais não tem necessidade de captar recursos internacionais com o objetivo de rolagem da dívida e que, portanto, pode esperar para quando o cenário internacional estiver mais estável.
“O nosso programa de captação externa é voltado para a melhoria do perfil da nossa dívida externa e também para estabelecer um parâmetro para que as próprias empresas possam fazer captações internacionais”, afirmou Augustin.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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