Pricila de Assis
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A Defesa Civil do Amazonas esteve em evento promovido pela ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), representando o governador do Estado, Wilson Lima (União Brasil), onde foram discutidos os efeitos das mudanças climáticas na região. Durante o encontro debateram e apresentaram estratégias de adaptação e prevenção, visando minimizar os impactos negativos e promovendo a resiliência das comunidades amazonenses.
Em um dos anúncios divulgados por Wilson Lima, encontra-se a emissão de licenças ambientais para a dragagem em quatro trechos de rios do Amazonas, destacando que o Governo do Estado tem agido de forma antecipada para minimizar os impactos da estiagem, em decorrência a previsão para este ano, pode chegar a ser mais intensa quanto foi de 2023.
“Estamos entregando as licenças ambientais, através do nosso Ipaam, para que efetivamente já esteja toda essa questão ambiental regularizada para que o trabalho (de dragagem) inicie o mais rápido possível. Já estive junto ao Governo Federal expondo a preocupação que nós temos com relação à estiagem desse ano, que deve ser muito severa”, informou.
O trabalho de dragagem será feito pelo Governo Federal, por meio do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que consistirá na retirada de sedimentos como areias e outros materiais do fundo dos rios, facilitando a navegação de embarcações, evitando problemas de encalhamento. Entre os trechos que receberam as licenças ambientais, emitidas pelo Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), estão Manaus-Itacoatiara (rio Madeira); Codajás-Coari e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença (rio Amazonas) e Benjamin Constant – Tabatinga (rio Solimões).
Energia e água
Outra preocupação do governador do Amazonas é a energia, que reuniu com representantes da Eletrobrás para tratar sobre a segurança energética, especialmente, dos sistemas isolados de fornecimento de energia elétrica. Quanto ao fornecimento de água, Wilson Lima, ressaltou que está sendo instalados novas estruturas para abastecimento de água tratada no interior, que atualmente conta com 500 sistemas instalados em todo o Amazonas, agora ao menos 20 novas estruturas móveis devem ser usadas no período da seca.
Planejamento
Está em andamento a construção do plano de trabalho estadual para que as secretarias atuem no planejamento prévio para minimizar os efeitos da estiagem, caso ocorra. A Defesa Civil tem realizado desde o mês de janeiro reuniões com setores como indústria e comércio, poderes públicos, empresas de telecomunicações e concessionárias de água e energia para fornecer informações e coordenar ações de prevenção diante da possibilidade de outra severa estiagem em 2024.
O secretário Executivo de Ações de Proteção e Defesa Civil do Amazonas, coronel Francisco Ferreira Máximo Filho, explica que todas ações para enfrentar os impactos climáticos do Amazonas vem sendo uma das prioridades do Estado.
“Estamos atentos, e o governador tem frequentemente conversado, ligado para os ministros, justamente para que todos os pedidos e as recomendações que foram colocadas, de fato, elas aconteçam e a para que possamos, de forma integrada, termos essas ações realizadas para que os impactos sejam minimizados”, disse.
Alerta
Ainda o secretário da Defesa Civil, lembra que os principais desastres que acometem o estado são inundação de 59% e estiagem de 29%, enfatizando que as instruções estão sendo adotadas, principalmente, por quem mora em áreas de risco.
“Há uma probabilidade de ter uma estiagem, e temos o compromisso de levar recomendações necessárias para que a população possa estar preparada, tendo aí uma atenção especial para as pessoas que moram em área de risco e os mais vulneráveis. Temos que consumir de forma racional os recursos e evitar desperdícios”, finaliza.
