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Governo detalha novas regras para negociação da moeda

A Venezuela detalhou ontem as novas regras para negociação de moeda que irão substituir um mercado não regulamentado, de flutuação livre, por um sistema supervisionado pelo banco central em que uma faixa de preço será fixada.
O anúncio, entretanto, não indica quando a negociação começará no novo mercado e os analistas dizem que ainda deve levar uma semana ou mais. O mercado anterior está suspenso há três semanas, deixando muitas companhias importantes incapazes de adquirir os dólares necessários para pagar fornecedores.
As novas regras, publicadas no diário oficial, também não esclarecem exatamente como o governo vai suprir dólares ao mercado, o que os analistas definem como a principal questão a solucionar. “Este documento oferece uma visão geral do novo sistema, mas ainda faltam detalhes importantes”, afirma Boris Segura, do RBS.
Como esperado, as novas regras estipulam que as corretoras ficarão de fora do novo sistema de negociação de moeda. Apenas bancos, instituições de poupança e casas de câmbio de moeda serão permitidos. Ainda conforme o previsto, a negociação usará a compra e venda de títulos denominados em dólares como uma maneira indireta de ter acesso à moeda estrangeira, em vez de permitir vendas diretas do bolívar no mercado local em troca de moeda estrangeira.
A faixa de negociação, que está prevista para ficar próxima da taxa oficial fixada pelo governo de 4,3 bolívares por US$ 1, será publicada diariamente, de acordo com as novas regras. Os bancos e outras instituições negociadoras serão forçados a prover detalhes de cada negociação ao banco central. Além disso, serão feitas inspeções aleatórias nas entidades, para assegurar que as regras estão sendo cumpridas.
No mês passado, o governo venezuelano suspendeu a negociação no antigo mercado, que era usado desde 2003, em consequência da queda acentuada do bolívar, que levantou preocupações de que poderia cair ainda mais e causar inflação. Mas analistas advertem que o novo sistema poderia tornar mais difícil o acesso ao dólar norte-americano para os importadores, pressionando ainda mais a inflação e piorando a economia, que vem se contraindo há quatro trimestres seguidos.
Quando a negociação foi suspensa, a taxa no mercado não oficial estava em 8 bolívares por US$ 1, 25% abaixo do nível do começo do ano. Ao regular o novo mercado, o governo está criando uma terceira taxa para o bolívar. Já existem a taxa principal de 4,3 bolívares por US$ 1 e uma outra de 2,6 bolívares por US$ 1, que é usada para importação de itens de primeira necessidade e medicamentos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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