As contas do governo federal fecharam agosto com superavit de R$ 3,69 bilhões, de acordo com dados divulgados na terça-feira pelo Tesouro Nacional. O número ficou acima do registrado em julho, quando o chamado governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) teve resultado superavitario em R$ 1,509 bilhão.
O superavit do mês passado representa 1,21% do PIB -a meta do governo é de 2,5% do PIB, dos quais poderão ser abatidos até 0,94 ponto percentual do PPI (Projeto Piloto de Investimento) e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)
Queda significativa
Nas comparações com o ano passado, no entanto, houve queda significativa. Em agosto de 2008, o superavit havia sido de R$ 6,26 bilhões.
Nos oito primeiros meses do ano, o governo teve um resultado positivo de R$ 23,85 bilhões, contra R$ 74,85 bilhões no mesmo período do ano passado. Nessa comparação, as receitas do governo caíram 0,8% enquanto as despesas subiram 16,1%.
Despesas caíram
A receita total fechou agosto em R$ 60,83 bilhões, contra R$ 60,32 bilhões no mês anterior. Já as despesas caíram no mês de agosto para R$ 47,05 bilhões -eram de R$ 51,01 bilhões em julho.
O Tesouro Nacional teve superavit de R$ 8,93 bilhões, contra R$ 4,66 bilhões em julho. Houve uma queda de 2,2% nas receitas, mas, por outro lado, uma redução de 18,5% nas despesas, que totalizou R$ 6,2 bilhões.
Segundo o Tesouro, isso se deve à queda de 17,2% (R$ 3,2 bilhões) nas despesas com custeio, principalmente em relação ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e pela redução de 20,5% (R$ 3 bilhões) dos gastos com pessoal e encargo social decorrente de adiantamento de parcela da gratificação natalina paga no mês de julho.
A Previdência Social registrou deficit de R$ 5,19 bilhões, aumento de 67,8% em relação a julho. Já o Banco Central teve deficit de R$ 54,2 milhões.
