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Governo analisa propostas para a Cigás

Já estão sob análise do governo do Amazonas as três propostas apresentadas pelo diretor-presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Lino Chíxaro, para o aumento de capital da companhia que permita novos investimentos para ampliar a distribuição de gás. No dia 18 de outubro, houve mais uma reunião da Cigás com o governador Omar Aziz, para tratarem sobre essas propostas. “O governo está mantendo contato com o setor público, a área política e empresarial para avaliar o que é melhor”, explicou Chíxaro.
Dentre os investimentos necessários está a implantação de mais 43 km de dutos, construção de anéis e seus derivativos que vão permitir a distribuição do gás para as fábricas do Distrito Industrial. Para realizar estas obras, são necessários cerca de R$ 100 milhões. Segundo o diretor-presidente da Cigás, “apesar da empresa estar em situação confortável, com um superavit 100% acima das despesas, os recursos que a Cigás dispõe não são suficientes para ampliar a rede de gasoduto”.
Segundo Chíxaro, o ideal seria que os dois atuais sócios da Cigás (a Manausgás, que detém 83% das ações da companhia e o governo do Estado, com os 17% restantes) entrassem com os recursos para as obras. No entanto, essa hipótese já foi descartada pelo governo porque, no momento, não há recursos disponíveis, além de não ser prioritário. E os dois sócios precisariam aportar recursos, de acordo com a proporção de ações. Como já houve um grande investimento na construção do atual gasoduto e ainda não houve um retorno por conta desses gastos, os dois sócios ainda não possuem condições de fazer novos investimentos.
Então, a primeira opção para assegurar mais capital para a Cigás está em atrair um novo investidor para se agregar aos outros dois sócios. Porém, “isso não é muito fácil porque o investidor novo quer ter controle da empresa, não vai ser passivo”, explicou Chíxaro.
A segunda alternativa é unir todas as ações dos sócios para vendê-las em leilão, pois há chances de serem compradas por um grande investidor. De acordo com o diretor-presidente da Cigás, há recursos no Brasil suficientes para esse tipo de investimento.
Outra saída para aportar mais recursos, é a desestatização da companhia, com o Estado vendendo suas ações. O novo investidor poderia fazer um acordo com o atual sócio privado para ficarem juntos ou definirem um novo controlador da empresa.
“Por ser uma empresa estatal, há muitos entraves burocráticos, principalmente por causa das dificuldades na licitação, onde os preços são maiores do que os praticados no mercado. Com uma empresa privada, não há sobrepreço”, pontuou Chíxaro.
Para o economista José Laredo, “qualquer das três alternativas são práticas comuns para capitalizar a empresa frente a seus objetivos. A mesclagem dessas opções também pode ser pensada, como por exemplo a entrada de novos sócios com a perda da maioria do capital por parte do governo como uma preparatória para a privatização total. A venda de ações com o governo no controle pode resultar em mais perdas de produtividade por causa dos riscos de politização da gestão”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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