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Governo adia incentivo para produção de carro elétrico

A solenidade que deveria servir para o lançamento do programa de incentivo à produção do carro elétrico se transformou ontem em um constrangimento para o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Cinco minutos antes do início previsto para o evento, a assessoria do ministro teve que avisar a um auditório lotado de empresários e jornalistas que o anúncio estava cancelado. O motivo oficial é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu mais tempo para conhecer a proposta.
Mantega passou a manhã de ontem reunido com o presidente. Ao chegar ao ministério da Fazenda avisou aos jornalistas que daria uma entrevista dentro de instantes. No horário marcado, no entanto, a plateia ouviu com surpresa que a solenidade estava cancelada. Os empresários foram levados ao gabinete de Mantega para receberem as explicações do ministro.
O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Cledorvino Belini, disse que o setor entende “perfeitamente que esta é uma realidade que precisa ser aprofundada”. “Vamos fazer uma política para os próximos 50 anos, que faz parte de uma política energética para os veículos do Brasil. Tem muita coisa para trabalhar nesse sentido. Os estudos continuam”, completou. Segundo Belini, dias ou semanas não irão frustrar as expectativas do setor sobre a produção do carro elétrico.
No entanto, a situação criou um clima de constrangimento entre os empresários. Eles evitaram dar entrevistas. Para alguns empresários, o anúncio foi adiado porque as propostas ainda estão muito incipientes. Segundo o ministério da Fazenda, seria divulgado um conjunto de sugestões sobre a criação do regime automotivo do carro elétrico.

Pontos de abastecimento

A EDP no Brasil, empresa do Grupo EDP Energias de Portugal, dono no país das distribuidoras de energia Bandeirantes (SP) e Escelsa (ES), inaugurou ontem, em Guarulhos, na Grande São Paulo, três pontos de abastecimento de veículos elétricos, os primeiros no Estado. Inicialmente, servirão para recarregar 15 bicicletas elétricas doadas pela empresa à Guarda Municipal da cidade. No futuro, também poderá abastecer carros elétricos, informou Miguel Setas, vice-presidente de distribuição da EDP.
Até o fim do ano, outros sete postos de recarga serão inaugurados em municípios do interior de São Paulo atendidos pela empresa. A EDP já havia inaugurado, no início do ano, dez postos em Vitória que abastecem atualmente 45 bicicletas elétricas também doadas à Polícia local. “É um projeto piloto que, no futuro, certamente será ampliado”, anunciou Setas.
Segundo ele, o investimento para a abertura de postos em baixa escala “não é expressivo”. Já as bicicletas, produzidas por uma empresa brasileira, custam R$ 2,5 mil cada. O carregamento das baterias leva cerca de 6 horas, carga suficiente para rodar 30 quilômetros. O consumo de uma bicicleta, segundo a EDP, equivale ao gasto de uma lâmpada incandescente de 100 Watts.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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