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Futuro ainda está incerto

Segundo o gerente geral da Apuí Táxi-Aéreo, Germano Filho, a crise da aviação nacional também gerou consequências negativas para a empresa que registrou declínio de 50% nos serviço de fretes, no primeiro semestre de 2007, ante a igual época do ano anterior. “Estes últimos acidentes foram responsáveis por uma queda significativa para nós. Somente nos últimos dois meses, registramos uma média de dez vôos mensais enquanto nos mesmos meses do ano de 2006 fazíamos de 20 a 30 trajetos por mês”, ressaltou.
De acordo com o gerente geral, a maior parte dos serviços realizados pela Apuí engloba programações turísticas para o interior do Estado e cerca de 60% da clientela é também composta por visitantes provenientes das regiões Sul e Sudeste. E, por isso, a situação do tráfego aéreo causa incerteza sobre a próxima alta estação para o segmento (novembro e dezembro, alta temporada da pesca esportiva) a qual pode não render desempenho positivos.
“Muitos clientes nossos vêm até nós procurando este tipo de atividade, mas, já estamos tendo dúvidas se realmente obteremos bons resultados neste período, tudo por conta do caos da aviação de grande porte nacional”, enfatizou.
Atualmente, a Apuí possui três aeronaves para fretes, a Bandeirantes, com capacidade para 15 passageiros, cuja hora-vôo é de R$ 3.000 e duas do modelo Cênica, para cinco pessoas, com valor de R$ 1.250 pela hora .

Quadro desanimador

De acordo com o vice-presidente da Abag (Associação Brasileira da Aviação Geral), Adalberto Febeliano, os números registrados pelas duas empresas manauenses estão diretamente ligados às dificuldades enfrentadas pelo setor da aviação comercial brasileira.
Os cancelamentos e atrasos de vôos nacionais e a redução do espaço aéreo destinado aos aviões de pequeno porte configuram como os principais motivos para o desempenho negativo do setor, na opinião do vice-presidente. “Esse caos que se instalou é o responsável pela dificuldade dos empresários da área. Além das pessoas estarem receosas quanto a fazer viagens, porque elas não têm a certeza se vão chegar aos seus destinos, a Anac [Agência Nacional de Aviação Comercial] ainda está planejando uma diminuição do espaço destinado a aeronaves de pequeno porte nos aeroportos, para desafogar o trafego aéreo”, disse Febeliano.
No entanto,o quadro ainda deve trazer mais uma consequência para o segmento de táxi-aéreo. Segundo Febeliano, o Brasil deve verificar uma queda de 10% no valor de aeronaves pequenas nos próximos três anos. O valor de uma aeronave com capacidade para cinco passageiros há cinco anos chegava a US$ 5 milhões enquanto hoje em dia alcança a média de US$ 1.3 milhão.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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