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Força-tarefa pelos PPBs

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Uma força-tarefa criada com representação do Governo e de entidades de classe pretende pressionar o governo federal para assegurar um assento do Amazonas no Grupo de Trabalho interministerial responsável pela definição dos PPBs. A inclusão da representação amazonense é fundamental para agilizar o processo de liberação dos PPBs que limitam o acesso de novos investidores no Polo Industrial de Manaus.

A participação do Amazonas nas discussões para a aprovação dos PPBs são fundamentais, segundo o secretário de Estado de Planejamento José Jorge do Nascimento para acelerar esse processo. “A aprovação do PPB para o projeto da BYD estava pendente desde 2015”, exemplificou. Essa demora só prejudica as indústrias que pretendem se instalar em Manaus, completou o secretário.

Dois anos depois de desembaraçado os entraves para aprovação de PPB (Processo Produtivo Básico), as etapas obrigatórias de industrialização no Polo Industrial de Manaus, a BYD Indústria de Baterias aprovou, ontem, no Codam (Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas) projeto para a produção de módulo acumulador de energia para carros e ônibus elétricos com investimentos de R$ 144 milhões.

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Amazonas) Nelson Azevedo, disse que a entidade pretende intensificar as articulações, em parceria com o governo do Amazonas, para garantir a participação de representação local no grupo de trabalho dos PPBs. O superintendente da Zona Franca de Manaus, Appio Tolentino também se comprometeu a buscar alternativas para melhorar o trânsito junto ao governo federal na tentativa de tornar mais ágil a aprovação dos processos.

O secretário José Jorge do Nascimento apresentou a evolução dos indicadores econômicos do Estado nos últimos meses que apontam para um quadro de estabilização com viés de retomada do crescimento industrial no PIM. “Mesmo com todo o quadro de instabilidade econômica e política o Codam vem conseguindo manter o calendário de reuniões com aprovação de novos investimentos. A explicação para isso é a segurança jurídica que os investidores encontram no Estado, que continua sim, sendo um porto seguro para as empresas”, avaliou.

O desempenho da arrecadação estadual neste ano é um dos indicadores que apontam para otimismo. O secretário informou que o Estado teve um crescimento geral de 13.6%, na variação de abril para maio deste ano.

“A Indústria teve um crescimento significativo no setor de 45%. No comércio tivemos uma perda de 13.5 %. E no segmento de Serviços, continua na média de 3.6%. Vale ressaltar, que o comércio sempre foi o maior gerador e o maior arrecadador, porém passa por um momento delicado. E pra mudar isso, estamos conversando sobre ações que o governo do Estado fará para fomentar o comércio. E isso passa pelo turismo, pela divulgação, e por uma série de ações que vamos trabalhar em cima para botar em prática”, disse ele.

Para o superintendente da Suframa, Appio Tolentino, a interação entre a autarquia, o governo do Estado e os empresários é extremamente saudável na luta pela desigualdade travada entre a Zona Franca de Manaus e outras regiões do país.

“A Suframa já está se debruçando firmemente na atração de mais investimentos para a Zona Franca. E esses investimentos prova que estamos na direção certa, no crescimento da economia local”, disse ele.
Já para o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), economista Nelson Azevedo, a união entre os órgãos também acrescenta no desenvolvimento econômico do Estado. “Negócio é uma questão de oportunidade. E esse investimento é muito importante para o crescimento da nossa economia, pois gera emprego, consumo, e com isso, o comércio vende, a arrecadação aumenta e também movimenta o serviço. Ou seja, a roda da economia gira. Então, isso é muito bom para todos”, salientou ele.

De acordo com a economista e consultora da DD&L Associados, Karine Atala Frota, empresa representante das empresas Kawasaki, Ardagh, Whirlpool e outras que têm projetos aprovados pelo Codam, a aprovação é muito importante para fomentar a economia por que gera mais emprego e investimento para o Polo. “Nós temos mais de 200 clientes. E na pauta, representamos a Kavazak, Ardagh, Wirpool e outras mais. E acredito que esses projetos aprovados vão gerar mais empregos para o PIM e vão fomentar a economia, principalmente agora que o país mais precisa por conta desta crise”, disse ela.

Pauta
A pauta da 268ª reunião do Codam foi aprovada na íntegra somando investimentos estimados em R$ 1.472 bilhão distribuídos em 29 projetos industriais que devem gerar aproximadamente 1.038 empregos no período de até três anos.Outros destaques da pauta do Codam foram os projetos da Carrier Midea da Amazônia para a fabricação de ar-condicionado com recursos de R$ 304 milhões com expectativa de criação de 336 empregos. A Ardagh apresentou projeto para a produção de tampas de alumínio para latas de aço com recursos de R$ 249 milhões que devem abrir 82 postos de trabalho. No acumulado do ano, em três reuniões realizadas até o momento, o Codam já somou 89 projetos aprovados com investimentos de R$ 4.542 bilhões e 2.967 postos de trabalho previstos. A reunião anterior do Codam foi realizada em maio, quando os conselheiros aprovaram 30 projetos industriais com investimentos estimados em R$ 1.052 bilhão e 1.084 vagas no mercado de trabalho no período de até três anos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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