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Follow-Up – Sócrates Bomfim, empresário à frente de seu tempo

Hoje, o Dr. Sócrates Bomfim, falecido há 24 anos no Rio de Janeiro, em 04.10.1984, completaria cem anos de nascimento. Em razão desse fato, o Jornal do Commercio presta nesta edição uma justa homenagem a esse ilustre empresário amazonense, com o objetivo de resgatar a memória de um destacado estudioso da problemática amazônica, em seus aspectos sociais e econômicos. Possuidor de vasta e importante folha de serviços prestados à região amazônica, o homenageado é sogro do presidente do JC, jornalista Guilherme Aluízio Oliveira e Silva.
Na celebração do centenário de seu nascimento, a Academia Amazonense de Letras, a Editora Valer e a família Bomfim convidam para uma solenidade no Centro Cultural Palácio Rio Negro em homenagem à memória do Acadêmico Sócrates Bomfim, com exibição de um documentário com depoimentos sobre a vida do homenageado, seguida de um almoço. Ao final, será feito o lançamento da 2ª edição do livro “Um Esboço da Vida Amazônica”.
A iniciativa é muito bem-vinda, pois o livro traz a lume idéias de um homem que se dedicou ao estudo do desenvolvimento da região. O Dr. Sócrates Bomfim, bacharel em direito e professor universitário, foi diretor de Planejamento da SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia) e empresário inovador no setor industrial. Aliava à excelente formação em humanidades um sólido lastro em ciências exatas.
Nas palavras de Mário Dias Teixeira, ao prefaciar outra obra do autor (“Valorização da Amazônia e sua Comissão de Planejamento”), editada na Coleção Araújo Lima e na EBPA (Escola Brasileira de Administração Pública) da Fundação Getúlio Vargas: “Sócrates Bomfim, espírito lúcido, inteligência privilegiada, cultura eclética, simpatia irradiante, jovem com experiência de ancião, já fez o bastante em serviços prestados à região amazônica e ao país para que seu nome necessite, realmente, de apresentação”.
Produziu diversos livros e estudos, entre os quais “Proposição de uma Política Mineral para o Estado do Amazonas”, editado em 1966 pela Codeama (Comissão de Desenvolvimento Econômico do Estado do Amazonas), na Coleção Estudos Específicos.
Homem simples, apesar da bagagem intelectual, não era vaidoso nem se preocupava com o que hoje se denomina marketing pessoal. Em duas ocasiões, foi convidado a governar o Amazonas para suceder aos governadores Arthur Reis e Danilo Areosa. Declinou de ambos os convites, alegando que desenvolvia projetos na área privada aos quais dedicava tempo integral. Foi também eleito membro da Academia Amazonense de Letras. Avesso aos áulicos e à subserviência, preferia a luz do saber ao calor dos holofotes
Possuía porte imponente que se impunha. Era lógico e objetivo na comunicação verbal. Encantava os ouvintes de suas palestras e conferências, em geral proferidas de improviso. No texto escrito, caracterizava-se pela fluência, clareza e concisão. Um pensador social que vislumbrou cenários futuros para a região. Nas palavras do intelectual Luiz de Miranda Corrêa, Sócrates Bomfim era um iluminista, fora do espaço e do tempo –no Brasil e no Século XX.
Foi um empresário ousado, com percepções e idéias à frente de seu tempo, que sonhou construir na Amazônia uma indústria de base calcada em recursos naturais da própria região. Um empresário visionário e inovador, no melhor estilo schumpeteriano.
Este registro é um tributo das entidades empresariais, manifestado através da coluna mantida pelo Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) no JC, à memória de um empresário amazonense pioneiro e idealista.

Jefferson Péres
Poucos dias antes de morrer, as palavras do ilustre senador, a seguir transcritas, foram talvez o que de mais lúcido se ouviu no Congresso, de um homem público brasileiro, em relação a novo surto de manifestações no exterior sobre o compartilhamento da proteção ambiental da Amazônia tendo em vista o combate à crise climática que ameaça o planeta: “Não tenho tanto medo da cobiça internacional sobre a Amazônia”. E conclui

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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