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Finanças pós-pandemia

Finanças pós-pandemia

Não tinha três meses de reservas financeiras antes da crise. E agora? Sempre tem saída, mas é preciso encarar a realidade como ela é. Com essa frase, a jornalista especializada em finanças Natália Arcuri, criadora do maior canal de ‘entretenimento financeiro’ do país, o Me Poupe, resume como manter o caixa da empresa na crise e fora dela. 

Os caminhos para a mudança, inclusive financeira, durante a pandemia, foram abordados pela autodenominada “poupadora compulsiva”, que juntou seu primeiro milhão aos 32 anos (ela tem 35), no sexto programa da websérie SOS Empreendedor.

De números Natália entende mesmo: são mais de 1,1 milhão de seguidores no Instagram, 3,1 milhões em seu canal no YouTube, 50 mil inscritos em seu curso “Jornada da Desfudência”, e um livro que vendeu 170 mil cópias. 

Seu canal no YouTube faturou mais de R$ 8,7 milhões, e ela até criou um reality show na Band em 2018 e 2019 com o mesmo nome do canal, com objetivo de dar um up na vida financeira de 12 pessoas altamente endividadas. 

Para quem tem um negócio próprio, segundo Natália, é preciso planejar cada passo, trabalhar duro e, principalmente, deixar de lado a postura de vítima do insucesso inevitável “porque o mundo quis assim”.  

E fazer perguntas para si mesmo: será que me digitalizei? Se não, será que devo fazer isso agora? Meus clientes estão satisfeitos? O que o meu concorrente faz que eu não faço ou, o que outro segmento está fazendo para que eu tenha outros aprendizados? Qual a última vez que eu conversei com alguém que chegou onde eu queria chegar? 

“Com alguns argumentos e boas perguntas, começamos a quebrar essas crenças. E tudo o que é preciso para sair desse ciclo de quebradeira é olhar para si como a ferramenta mais importante do seu negócio”, afirma.  

Apresentado por Alessandra Andrade, vice-presidente de relações com a juventude e inovação da ACSP e gestora do FAAP Business Hub, e Nando Gaspar, coordenador geral do FJE, o sétimo programa do SOS Empreendedor, sobre Inovação e Novos Mercados, será transmitido nesta quarta-feira (15) às 16h, no canal do FJE no YouTube. 

QUANTO DEVE GUARDAR DO QUE GANHA?

Uma das perguntas mais comuns dos donos de empresa não pode ser resumida em uma única resposta, segundo Natália: isso porque não há receita pronta, e depende de cada tipo de negócio.  

Mas o principal é saber dividir o dinheiro do negócio do dinheiro do empreendedor, que muitas vezes tira do caixa para ir ao mercado, bancar o passeio na escola dos filhos ou consertar o carro, entre outros. 

“Essa é uma besteira que eu vi vários empreendedores e empreendedoras fazendo: quando começam a confundir o dinheiro da empresa com o dinheiro pessoal, as coisas começam a sair muito do planejado”, diz Natália. 

Então, antes de qualquer coisa, é importante definir com o contador quanto será sua retirada de pró-labore, e também o quanto pode retirar do que entra na empresa para uso próprio.

Se é preciso R$ 2 mil para bancar a vida financeira pessoal todo mês, entenda antes qual o fluxo de entrada e saída do caixa, pague as contas da empresa e ajuste sua vida pessoal a esse limite orçamentário pré-definido. 

COMO DOSAR RESERVA E INVESTIMENTO?

Primeiro, o empreendedor precisa saber para o que é essa reserva e o que entende como investimento para o negócio. “Se eu tenho uma boa reserva em caixa posso fazer esse dinheiro trabalhar para minha empresa”.

Esse dinheiro também pode ser tanto meu, quanto de empréstimo normal no banco, ou via investidor anjo, que é outro modelo de captação… “Aí sim eu vou entender para o que é: se eu vou pegar só para pagar conta, é sinal que eu não tenho fluxo de caixa nem planejamento bem elaborado”.

O ideal quando se tem uma reserva ou se capta dinheiro é saber qual o fundamento daquele dinheiro: se é para comprar máquina, investir em equipamento, em treinamento para a equipe, em networking…

O QUE FAZ UMA EMPRESA QUEBRAR OU SE PERDER NO CAMINHO? 

O que faz quebrar? Alguns elementos que fazem tanto pessoas físicas como jurídicas se perderem no meio do caminho é justamente não sabe onde quer chegar, não desenvolver um planejamento e não ter metas. 

E o pior, ele não se percebe como parte do problema ou solução, mas se considera vítima de um insucesso inevitável ou “porque o mundo quis assim”, destaca a especialista, fazendo referência ao comportamento de alguns participantes do seu reality. “Por isso é preciso começar a perceber que sim, a solução só depende de você”.

MESMO NA CRISE, TEM SOLUÇÃO? 

Tem. Mas é preciso fazer e agir. “Reclamar é muito fácil; gostoso inclusive. Porque quando reclamamos, nos colocamos na posição de vítima da situação atual”, afirma Natália. “Mas quanto mais tempo se perde reclamando, mais pessoas estão agindo. E quanto mais rápido o mundo gira, mas rápido se encontra solução”.

Conversar com pessoas é uma ação. Outra ação simples para voltar a vender é contatar cinco clientes. Em suma, para sair desse ciclo e do vício da reclamação, afirma, é só olhar para o mundo de forma curiosa e prática. 

E fazer perguntas para si mesmo: será que me digitalizei? Se não, será que devo fazer isso agora? Meus clientes estão satisfeitos? O que o meu concorrente faz que eu não faço ou, o que outro segmento está fazendo para que eu tenha outros aprendizados? Qual a última vez que eu conversei com alguém que chegou onde eu queria chegar?

“Ficar paradão chorando pelo leite derramado não vai rolar. Tem que ter atitude”. Captou? 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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