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Fim de operação com 30 mil atendimentos

A Operação Ágata 7 surpreende na área da Saúde com cerca de 80 mil procedimentos realizados em mais de 30 mil atendimentos médico aos ribeirinhos e indígenas de várias etnia que vivem praticamente isolados na região Amazônica. A operação foi realizada pelas Forças Armadas em parceria com as Agências Governamentais, encerrando as ações conjuntas de reforço na fiscalização nos mais de 16,8 mil quilômetros de fronteira brasileira, na quarta-feira (5). Comandada pelo Exército em parceria com órgãos de segurança e fiscais [Agências], a operação contou com um efetivo de 27 mil militares. A partir de agora, o monitoramento ficará novamente a cargo da Operação Sentinela, da Polícia Federal.
Segundo o general de Exército, Eduardo Villas Bôas, a ‘Operação Ágata 7’ obteve o resultado esperado em sua totalidade. “Nosso pessoal operou em toda a faixa de fronteira. Hoje há uma compreensão de que praticamente toda a criminalidade urbana que aflige os grandes centros ela passa pela faixa de fronteira. Principalmente nesta fase agora em que se aproxima dos grandes eventos, começando pela Copa das Confederações, a vinda do papa Francisco, a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016, então é importante que se trabalhe neste sentido para tentar coibir todos esses ilícitos, e a operação atingiu se propósito”, declarou o general Villas Bôas.

Atendimentos médico

Uma importante ação cívica voltada para saúde também fez parte da operação Ágata 7. Rendendo um total de 30.864 atendimentos médicos e odontológicos aos ribeirinhos com destaque para as comunidades indígenas localizadas no alto Solimões, região de difícil acesso, devido ao isolamento geográfico hídrico. De acordo com o balanço final da operação divulgado pelo CMA (Comando Militar da Amazônia), em coletiva realizada na manhã de quinta-feira (6), os 30 mil atendimentos ocorreram durante as Acisos (Ações Cívico Sociais) e AAH (Ações de Assistência Hospitalar), que registraram 13.649 procedimentos médicos, 30.408 procedimentos odontológicos, 35.840 atividades de prevenção de saúde, totalizando 79.897 procedimentos em Aciso.

Ações deflagradas

No Amazonas, a fiscalização foi intensificada durante os 19 dias de operação militar, com saldo de 15.707 inspeções de embarcações, 15.018 vistorias em veículos leves, 12.242 revistas de pedestres e bicicletas, 7.760 vistorias de motos, 2.429 vistorias em caminhões 901 vistorias em ônibus e 742 notificações de embarcações.

Apreensões

Durante as ações de inspeção, vistoria e revistas houve apreensão de 4.431 m³ de madeira da floresta Amazônia. Além das mercadorias que entraram ilegalmente no país, classificadas entre contrabando com R$ 15.649,00, por descaminho R$ 109.669,00 e de divisas R$ 52.768,00 que foram tirados de circulação, ainda constam na lista 50 kg de maconha e 3,3 kg de cocaína. O comando não informou o número de suspeitos detidos durante as ações.

Conclusão

De acordo com o general Villas Bôas, é humanamente impossível de fiscalizar uma fronteira de dimensões continentais, com mais de 11 mil km de extensão só no Amazonas, sem uma capacitação sempre renovada e de equipamentos com tecnologia de ponta. Para isso o Exército está desenvolvendo um grande projeto, o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), com investimento de R$ 10 bilhões para ser implantado em até 10 anos, com uma área piloto já operando no Mato Grosso do Sul. “O aumento que tem que acontecer não é quantitativo e sim qualitativo. Nós precisamos de mais tecnologia incorporada em nossos equipamentos e em nossos sistemas, para que avance na questão de monitoramento integrado entre os demais sistemas existentes na Amazônia”, alerta Villas Bôas.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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