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Filmes, no retorno do Museu Amazônico

Evaldo Ferreira: @evaldo.am

Quer conhecer um pouco do que se produz cinematograficamente no Amazonas, então agende para hoje, 1º de julho, uma visita ao Museu Amazônico e prestigie a ‘Mostra de Filmes Museu Amazônico 2022’, com a exibição de três curtas, em duas sessões, às 10h e às 15h, com entrada gratuita.

“Depois de ficarmos por quase dois anos fechados para o público, devido à pandemia, porém, com eventos online para continuarmos com nossa função de levar conhecimento para a população, finalmente voltamos a reabrir nossas portas para esse contato presencial com as pessoas com a ‘Mostra de Filmes’, mas no dia 3 de junho já havíamos ensaiado uma pré-abertura com uma exposição semi-presencial do Clube de Filatelia do Amazonas”, falou Dysson Teles Alves, diretor do Museu Amazônico.

“Na ocasião, os artistas plásticos Sérgio Cardoso e Jair Jacqmont explanaram sobre a situação da arte e da cultura no Amazonas pós-pandemia e a quantas anda a produção intelectual na cidade”, completou.   

A ‘Mostra de Filmes’ de hoje faz a abertura da temporada de curtas, de diretores caboclos, já com novas exibições previstas no salão de exposição do Museu. Todas as exibições serão seguidas de debate com os respectivos diretores, atores e equipe de produção.

Para Dysson, este é mais um dos projetos que o Museu Amazônico desenvolve buscando oportunizar aos produtores, artistas e intelectuais de todos os gêneros a apresentar seus trabalhos de maneira geral, e ao mesmo tempo disponibilizar ao público seus acervos históricos, incentivando a pesquisa e a produção de novos trabalhos envolvendo a temática amazônica.

Aos artistas sem espaço

Dysson Teles ainda destacou que o Museu Amazônico sempre estará de portas abertas não apenas para o público, pois isso faz parte de seu projeto de trabalho, mas além do público deseja receber produtores musicais, produtores de filmes, e todas as demais categorias artísticas, “pertencentes a um segmento social que não tem a oportunidade de apresentar o seu trabalho em grandes templos, como o Teatro Amazonas, por exemplo. O Museu Amazônico desempenha esse papel de disponibilizar o seu espaço a esses artistas, a esses produtores, para que possam mostrar sua arte ao público de uma forma bem mais sintética”, explicou.

Aos futuros cineastas, o diretor adiantou que os projetos de audiovisual estão voltando aos poucos e já tem agendados dois cursos promovidos pela OPA (Oficina de Produção Audiovisual) do Museu Amazônico, um no dia 22 de agosto, confirmado, e outro para o dia 10 de outubro, ainda faltando definição.

Quem gosta de prestigiar as exposições, marca registrada do Museu, terá que esperar até o próximo ano.

“Como falei antes, nosso retorno, este ano, será paulatino, com a realização de eventos pequenos, tipo mostras de trabalhos, num curto espaço de tempo. Posso adiantar que, também em agosto, teremos uma mostra sobre o cineasta das selvas, Silvino Santos, cujo acervo fotográfico está resguardado no Museu Amazônico. Para setembro teremos a apresentação de um trabalho de conclusão de curso de uma professora de Roraima. Sobre as nossas famosas exposições, adianto que voltarão a acontecer no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou.

Acervo de Silvino

O Museu Amazônico é detentor da guarda de grande parte do acervo de Silvino Santos, um dos pioneiros da fotografia e o pioneiro do cine documentário na Amazônia. Segundo Dysson, aproximadamente 1.600 peças do fotógrafo/cineasta estão no departamento de museologia do Museu. São álbuns com as fotografias que ele fez ao longo de mais de 50 anos, em viagens que realizou por toda a Amazônia, e cerca de 200 negativos em vidro. Os originais dos filmes de Silvino estão na cinemateca do MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio de Janeiro, e vários de seus equipamentos de fotografia e filmagem podem ser vistos no Museu da Imagem e do Som, no Palacete Provincial.     

Os filmes

O primeiro filme a ser exibido na ‘Mostra de Filmes Museu Amazônico 2022’ será ‘Cem Pilum – a história do dilúvio’. Tem a direção de Thiago Morais e é um relato histórico do líder dessana Feliciano Lana, um filme produzido a partir do acervo de Feliciano, que se encontra sob a guarda do Museu. ‘Merenda’ é o segundo filme, do diretor Bruno Pereira, um grito de alerta sobre a violência sofrida pelas mulheres. Finalizando a Mostra, o terceiro filme ‘Beto’, também com direção de Thiago Morais, documenta a chegada da pandemia no interior das comunidades amazônicas.As inscrições para o evento podem ser feitas pelo link https://forms.gle/DMK9VQQ7VFGQWfoD7 ou presencialmente no Museu Amazônico, localizado na rua Ramos Ferreira, 1036, Centro. Informações pelo Instagram @museuamazonico ou fone 3305-4000, ramal 2021.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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