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Fieam minimiza recuo em abril

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Após três resultados positivos consecutivos, a produção industrial amazonense registrou no último mês de abril queda de 1,6% em relação a março. Embora com desempenho ligeiramente melhor, a comparação com igual mês do ano anterior também foi negativa: -0,6%. Os números foram divulgados na última sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas apesar dos números negativos, o disseminador de informações do IBGE, Adjalma Nogueira, garante que o resultado não reflete necessariamente um desaquecimento da indústria, já que nos meses anteriores o saldo foi extremamente positivo.
“De janeiro a março o crescimento havia sido positivo, o que ajudou para que o crescimento acumulado no ano ainda seja bom. Principalmente se comparado com a maioria dos outros Estados e também com a média nacional. Na comparação com o mês anterior, a queda foi maior exatamente porque no mês de março o crescimento tinha sido positivo em 3,8%”, explicou Adjalma.
O vice-presidente da Fieam (Federação da Indústria do Estado do Amazonas), Américo Esteves, usa o mesmo argumento para minimizar o recuo. Segundo Esteves, essa retração já era esperada pela indústria, devido à euforia do primeiro trimestre.
“De fato não foi uma queda muito acentuada e não chega a ser surpresa. A gente vem acompanhando os números e sabíamos que isso poderia acontecer. Como nós vínhamos crescendo mês a mês é natural que os números se estabilizem. Houve um impulso nas vendas e agora deu uma recuada. O importante é que não tenhamos, agora no segundo semestre, uma queda acentuada”, declarou.
De acordo com os números do IBGE, o acumulado de janeiro a abril de 2014 ficou em 7,3%, o que garante ao Amazonas o terceiro melhor desempenho entre os Estados, atrás apenas do Pará com 13% e Mato Grosso com 8,2%. O resultado amazonense supera em muito a média nacional neste indicador, foi de -1,2% em abril.
Já no acumulado dos últimos doze meses, o Amazonas ocupa a segunda melhor posição (7,2%). Ficando apenas atrás do Ceará com 7,6%. Neste item a média Brasil atingiu 0,8% em abril.
Para Américo Esteves, os números da produção local devem voltar ao patamar positivo já no próximo mês, tendência que, segundo ele, deverá continuar até o fim do ano.
“A tendência é recuperar. Acredito que o mês de maio já deve ter recuperado essa queda, em função do Polo de Eletroeletrônicos, televisores e duas rodas. A nossa expectativa é de que no segundo semestre os números ao menos se estabilizem, mas não que caiam”, prevê.
A única ressalva, no entanto, é com relação ao mês corrente. Ele explica que, por conta da Copa do Mundo e dos recessos, os resultados do mês de junho – que provavelmente serão divulgados em agosto –poderão cair novamente.
“Junho é um mês atípico em função dos recessos. Algumas empresas vão dar férias neste período de Copa, até mesmo para regular o estoque, como fez o polo de quatro rodas no sul do país”.

Setores
Das onze atividades da indústria que o IBGE pesquisa mensalmente, cinco apresentaram queda na produção no mês de abril. A atividade que sofreu maior queda foi impressão e reprodução de gravações (27%) motivada pela queda na produção de CDs e DVDs. O recuo no refino de petróleo e a menor produção de micro-ondas também puxaram suas atividades para o patamar negativo (10,1 e 10,6% respectivamente).
Borracha e material plástico foi a atividade que teve o melhor desempenho no mês (11,4%), alavancada principalmente pela produção de peças plásticas para indústria. Outra atividade que teve bom desempenho foi fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e óticos (10,6%). Elevado principalmente pela boa produção de TVs.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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