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Fieam apresenta estudo com perfil da indústria no Amazonas

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Com o montante de US$ 183,4 milhões, o Amazonas respondeu por quase a totalidade das exportações de bebidas de toda a região Norte, o que representou mais da metade das exportações desse setor no país em 2016. Nesse ano, o Estado se destacou ainda, na região, na exportação de produtos de informática, eletrônicos e ópticos, de impressão e reprodução e de farmacêuticos, embora estes com impacto mínimo no total exportado pelo país.

Os dados foram levantados pela Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), e fazem parte do documento Perfil da Indústria nos Estados, desenvolvido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apresentado nesta quinta-feira (23) pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva.

De acordo com Silva, que é 2º vice-presidente da CNI, o estudo forma um amplo panorama da economia dos Estados, com informações contextualizadas a respeito do PIB industrial (Produto Interno Bruto), principais setores, porte das empresas, educação, emprego, salários e tributos, entre outros indicadores.

“É importante que o empresariado local conheça a realidade onde está inserido o seu negócio, perceba a importância da sua produção na economia nacional, e utilize essas informações em proveito próprio e da sua empresa”, disse Silva.

Além da Funcex, o estudo utilizou como fontes dados do IBGE, Ministérios do Trabalho e da Fazenda, Receita Federal e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com números de 2014 a 2017. Graças aos dados disponibilizados pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), sabe-se, por exemplo, que a indústria do Amazonas pagou R$ 2,3 bilhões em ICMS em 2017 e que o Estado respondeu por 2,2% da arrecadação nacional de ICMS na indústria, lembrando que as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) gozam de um crédito estímulo desse tributo estadual entre 55% e 100%.

O estudo revela que apenas cinco setores da indústria amazonense respondem por quase 70% do PIB Industrial do Estado. São eles: informática, eletrônicos e ópticos (18,2%), bebidas (17,7%), construção (14,6%), derivados de petróleo e biocombustíveis (9,9%) e outros equipamentos de transporte (8,1%).

Chama atenção ainda a informação de que o setor de bebidas foi o que mais ganhou participação na indústria do Estado, crescendo 5,8% entre 2007 e 2015. “Bebidas foi o setor mais importante para as exportações industriais do Amazonas, responsável por 32,87% do total exportado em 2017”, disse o presidente da FIEAM, lembrando que a Recofarma Indústria do Amazonas Ltda, uma das empresas do polo de bebidas e concentrados, vem se mantendo há sete anos consecutivos como a maior exportadora do PIM.

A indústria do Amazonas, de acordo com o estudo, está organizada em 2.788 empresas, sendo 4% de grandes empresas (com 250 empregados ou mais), 10,2% de médias (50 a 249 empregados), 26,7% de pequenas (10 a 49 empregados), e 59,1% de micro (com até 9 empregados).

Com informações do Ministério do Trabalho, o estudo revela que, em 2016, o salário médio pago pela indústria do Amazonas foi de R$ 2.714,70, o que estava 3,3% acima da média nacional.

Em relação à escolaridade do trabalhador da indústria amazonense, o estudo aponta que 82,1% possuem ao menos o ensino médio completo, percentual que também ficou acima da média nacional, de 61,9%. A nota do Estado no IDEB (Índice de Desenvolvimento na Educação Básica), do ensino médio, foi de 3,70, a mesma média nacional.

Com uma população de 4 milhões de habitantes, mais da metade deles vivendo em Manaus, o Amazonas tem o 12º menor PIB do Brasil, com R$ 72,7 bilhões. Seu PIB Industrial é de R$ 24,2 bilhões, o que equivale a 2,1% da indústria nacional.

Os dados do estudo feito pela CNI, de acordo com Antonio Silva, serão atualizados permanentemente. Para acessá-lo, o endereço na internet é http://perfilestados.portaldaindustria.com.br/estado/tudo/am

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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