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Feijão registra alta acumulada de 123% em 2007, diz Abras

Na maior parte do país, o produto subiu mais de 100%. Em algumas capitais foram registradas altas superiores a 300%, como em Fortaleza. Segundo o índice da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o feijão registrou alta acumulada de 123,8% no ano passado. O motivo, de acordo com a Conab, são as secas de julho e agosto, que comprometeram as plantações, e a queda na produção das duas últimas safras de 2007.
De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), em dezembro de 2006 a média de preço para 4,5 quilos de feijão tipo carioquinha era de R$ 7,79. No mesmo mês do ano passado, o preço subiu para R$ 24,48.
Outra pesquisa feita pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) mostra que o feijão teve aumento de 30% em dezembro de 2007 em relação a novembro do mesmo ano.
O técnico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) Mário Antônio de Sousa explica que a segunda safra do ano passado foi marcada por preços ruins para o produtor e, por isso na terceira safra os agricultores preferiram o plantio de outros grãos, como milho e soja, o que provocou queda na produção e, por conseqüência, o aumento do preço do produto.
Mas para o técnico, a queda nas safras do ano passado não justifica o aumento do produto. Ele argumenta que o ciclo de cultivo do feijão é curto e tem três safras durante o ano. Ele acredita que a alta no preço do feijão indica especulação do mercado atacadista, com reflexos no varejo.
Se a safra de 2006 foi de 3,4 milhões de toneladas e não houve essa repercussão tão grande do preço, porque em 2007, que teve uma safra de quase 3,3 milhões de toneladas, isso aconteceu?, questiona.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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