Pesquisar
Close this search box.

Fed mantém juros perto de zero pela quarta vez consecutiva

O Fed (Federal Reserve, o BC americano) manteve na quarta-feira sua taxa de juros no patamar em que se encontra desde dezembro de 2008: uma margem de variação entre zero e 0,25%. Trata-se da quarta reunião consecutiva em que o BC americano mantém os juros no menor nível da história. O banco novamente destacou a desaceleração no ritmo de contração da economia americana, mas ressaltou que o cenário continua ruim.
No dia 29 de abril, o mesmo em que o Fed anunciou sua decisão anterior, o governo informou que o PIB (Produto Interno Bruto) americano no primeiro trimestre havia sofrido retração de 6,1%. Um mês depois, no entanto, o dado foi revisto e o resultado ficou um pouco menos negativo, mostrando retração de 5,7%.
Nesta quinta-feira, o governo deve apresentar a revisão final do PIB. A expectativa entre os analistas é de que o resultado mostre uma contração ainda menor, de 5,3% -0,8 ponto percentual melhor que a leitura inicial.
No “Livro Bege” (o documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Fed), divulgado no último 10, a avaliação foi de que as condições da economia do país continuaram fracas ou pioraram entre abril e maio, mas alguns distritos dos Estados Unidos já mostram sinais de moderação.
Alguns distritos, inclusive, registraram melhora nas expectativas para os próximos meses -ainda que tenham declarado não ver uma melhora substancial no cenário econômico antes do fim do ano.
Outras avaliações da economia americana apontam para alguma recuperação, como a da ABA (Associação de Banqueiros Americanos). O economista-chefe do JPMorgan Chase e presidente do comitê assessor da ABA, Bruce Kasman, disse que a economia voltará ao crescimento, ainda que insuficiente para reverter os danos causados ao mercado de trabalho e às finanças públicas. Alguns indicadores econômicos americanos também já sinalizam melhora, como o de encomendas de bens duráveis no país em maio, que mostrou um aumento de 1,8%. Outro que aponta para uma reação contra a recessão em que o país se encontra desde dezembro de 2007 é o da confiança do consumidor -no início deste mês, ficou em 69 pontos, o maior resultado desde setembro do ano passado.
Um dos mais bem recebidos por analistas e investidores foi o do mercado de trabalho. No mês passado, a economia americana perdeu 345 mil empregos, longe de ser um bom resultado, mas positivo se comparado ao de abril, quando foram eliminadas 504 mil vagas.
Mesmo com o avanço na taxa de desemprego -que de 8,9% em abril subiu para 9,4% no mês passado-, a redução no número de cortes de vagas no mercado de trabalho do país sinaliza, segundo analistas, que a força da recessão pode estar diminuindo.
O mês de maio foi o quarto mês consecutivo de redução no ritmo de cortes de vagas de emprego no país.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar