19 de setembro de 2024

FED investe mais US$ 17,5 bi no mercado

O Federal Reserve fez uma nova injeção de US$ 17,5 bilhões no sistema bancário americano para reforçar a liquidez (oferta de dinheiro) das instituições bancárias.

Com o valor de quinta-feira, o Fed já colocou à disposição dos bancos mais de US$ 120 bilhões desde o início da atual crise financeira, no último dia 9. Pela manhã, o Fed fez duas intervenções, liberando US$ 14 bilhões em duas etapas. Pouco depois, fez uma nova liberação, de US$ 3,250 bilhões. As injeções ocorrem por meio de operações de curto prazo.
Desde o último dia 9, o Fed vem disponibilizando recursos para evitar que uma eventual corrida aos bancos para retirada de dinheiro, causada pelo temor quanto à capacidade dos bancos do país de lidarem com os problemas provocados pelo aumento na inadimplência no segmento de crédito imobiliário de risco nos EUA, leve a uma falta de liquidez.
As injeções de recursos do Fed, no entanto, ainda não tiveram efeito significativo na restauração da confiança dos investidores no mercado financeiro. Nesse sentido, mais efeito teve a decisão do Fed de cortar sua taxa de redesconto para 5,75% na sexta-feira, dia 17. A taxa é utilizada pelo Fed para conceder empréstimos de curto prazo a instituições com escassez temporária de liquidez causada por problemas internos ou externos.
Ontem, quatro das principais instituições bancárias dos EUA -Citigroup, JP Morgan Chase, Bank of America e Wachovia- tomaram um empréstimo de US$ 500 milhões cada um utilizando a nova taxa de redesconto.
Os empréstimos com essa taxa são usados para aliviar pressões sobre as reservas de uma instituição bancária e sobre o sistema bancário como um todo, causadas por um grande volume de saques.
Quando a taxa é aumentada, os bancos têm que elevar as taxas que cobram para cobrir o aumento do custo do seu empréstimo. Do mesmo modo, quando a taxa de juros é baixada, os bancos têm a possibilidades de cobrar juros mais baixos em seus empréstimos.
A expectativa no mercado financeiro, agora, é que o Fed reduza sua taxa básica, a dos fundos federais -principal taxa da política monetária americana, que afeta os juros cobrados sobre o crédito a empresas e clientes pelos bancos-, atualmente em 5,25% (patamar em que vem sendo mantida desde o ano passado).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.

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