O Federal Reserve (Fed, o BC americano) injetou mais US$ 2 bilhões no sistema bancário, em mais uma operação de curto prazo, para reforçar a liquidez (oferta de dinheiro) dos bancos comerciais americanos.
Com a intervenção de ontem, o banco central americano já disponibilizou para o sistema bancário mais de US$ 132 bilhões desde o dia 9, quando o Fed começou a reforçar as reservas das instituições bancárias do país. Na segunda-feira, o banco já havia feito mais uma operação de curto prazo para disponibilizar US$ 9,5 bilhões.
O Fed passou a intervir no mercado com injeções de recursos devido ao aumento do temor de que pudesse haver uma corrida aos bancos para saques de clientes com os desdobramentos da crise causada pela inadimplência nas hipotecas de risco no país.
A atual onda de incertezas começou no último dia 9, quando o banco francês BNP Paribas congelou os resgates em três fundos alegando dificuldade de calcular a exposição desses fundos a investimentos ligados a essas hipotecas de risco. O banco também reduziu sua taxa de redesconto (usada pelo Fed para conceder empréstimos de curto prazo a instituições com escassez temporária de liquidez causada por problemas internos ou externos) no último dia 17, o que trouxe alguma tranqüilidade aos mercados financeiros, mas a expectativa é que o banco venha a se reunir antes do próximo encontro oficial (programada para 18 de setembro) e que reduza desta vez a taxa básica de juros, a dos fundos federais (a principal da política monetária americana), hoje em 5,25% ao ano.
