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Fecomércio espera alta de 9% no bimestre

A liberação de parte do 13º salário no último bimestre fez o comércio varejista local projetar alta nas vendas de até 9% no faturamento real de vendas em comparação a igual período de 2008. A estimativa é da Fecomércio/AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), que apontou o avanço das classes C e D (renda familiar mensal entre ­R$ 466 a R$ 930) na participação do mercado consumidor entre as principais razões desse crescimento nas compras.
Em linhas gerais, o economista-chefe da Fecomércio, José Fernando Silva, afirmou que a taxa de crescimento do setor varejista avançou 6,05% entre julho e outubro em relação ao acumulado do primeiro semestre deste ano. O aumento no nível de vendas, reflexo da recuperação econômica global, já era aguardado pelos lojistas amazonenses desde julho, segundo o especialista. “Na última pesquisa, já havíamos detectado essa tendência ao crescimento. A maior distribuição de renda e a redução da desigualdade salarial fizeram muitos consumidores irem às compras ao longo do período”, avaliou.
Entre as intenções de compra para este mês detectadas pela Fecomércio/AM, destacam-se os produtos de uso pessoal, material de construção, utilidades domésticas e tecnologia móvel/bens de informática entre os mais cogitados para a aquisição no último bimestre. No comparativo com outubro essa preferência sofreu redução percentual no segmento de vestuário (que caiu de 22,5% para atuais 17%) e dos calçados (11,5% para 10% em novembro). Por outro lado, os materiais de construção saltaram de 6% em outubro para os 7,8% atuais, enquanto a vontade de comprar telefone celular aumentou de 3,8%, registrado em outubro, para 4,8% em novembro no meio consumidor local, segundo a Fecomércio.
Na avaliação do presidente da CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Ezra Benzion, esse resultado positivo na intenção de compra ganha maior relevância se comparado a igual período do ano passado, quando as vendas estavam ainda bastante aquecidas. Mesmo assim, o executivo foi menos otimista que a Fecomércio em relação à estimativa de crescimento para o último bimestre, calculando um avanço de 4% a 5% nas vendas. “Com a chegada de novas lojas a Manaus e ampliação do número de shoppings, houve aumento nas opções de compra. O que se percebe então é muita gente comprando, mas total diluição do número de clientes concentrados nas lojas”, disse.
Já o economista e presidente da Associação Varejista de Vestuário e Calçado do Amazonas, Anselmo Lima Sobrinho, avaliou que o resultado parece indicar o início da consolidação de uma nova trajetória de crescimento sustentado das vendas na região, com a normalização do nível de consumo das famílias amazonenses. O executivo observou que as razões desse desempenho são a redução gradual do desemprego, elevação da renda –muito embora com nítido declínio mensal nas taxas de aumento da massa real de rendimentos– e regularização na oferta e de facilidade de acesso ao crédito. “Para o comércio, o determinante essencial de vendas é a confiança dos consumidores, que está em patamar elevado, graças à melhoria dos aspectos que favorecem o orçamento doméstico e as perspectivas de melhoria no curto prazo”, considerou.

Local de compras

Quanto ao local onde os consumidores costumam fazer compras, segundo a Fecomércio, a preferência pelo Centro da cidade continua absoluta (54%), seguida do comércio de bairro (28%) e shoppings (17,5%). No que se refere aos fatores que mais influenciam na escolha dos locais, os consumidores apontaram os preços praticados (42,5%), seguidos da variedade de lojas (28,3%), diversidade de produtos (27,5%), localização (26,0%), promoção (14,8%), climatização (13%), segurança (11,3%) e transporte (4%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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