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Faturamento no setor mineral cai 73,7%

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Baixa demanda na construção civil foi a principal responsável pela queda

A baixa demanda na construção civil foi a principal responsável pela queda de 73,78% no faturamento do setor de beneficiamento dos minerais não metálicos. Segundo os dados dos Indicadores de Desempenho do PIM (Polo Industrial de Manaus) no período de janeiro a maio deste ano o segmento mineral registrou faturamento de R$ 37,3 milhões. Enquanto no mesmo período de 2014 esse número foi de R$142,2 milhões. Entre as utilizações dos minerais não metálicos estão: artefato de cimento ou de concreto, argamassa, areia para fundição e vidro temperado. Os minerais não metálicos, além de serem utilizados no setor da construção civil, também compõem a lista de recursos minerais empregados no segmento industrial em geral como moldes para peças de motos, cintas e rodas de lixa, e ainda de lixas em formatos diversos.
Para o vice-presidente do Sinduscon-AM, Frank Souza, o decréscimo no faturamento de 73,78% registrado pela Suframa é resultado da redução no índice de vendas de materiais de construção registrada no primeiro semestre. Ele considera que deste montante 50% do faturamento negativo pode estar ligado à indústria da construção civil e que outros 50% devem ser atribuídos à produção industrial como um todo.
Souza avalia que no primeiro semestre deste ano houve um declínio na venda de materiais de construção estimado entre 9% e 10%. “Isso é resultado do enfraquecimento do mercado. A economia está lenta porque o dinheiro não circula”, disse. “Os números da construção estão menores, o que está ligado à redução do consumo. Logo, há queda no faturamento industrial”, completa.
De acordo com o vice-presidente, em meio ao cenário de desaquecimento nas vendas de produtos de construção, a possibilidade da ocorrência de demissões no setor não é descartada. Porém, ele ressalta que os desligamentos só acontecem em situações de extrema necessidade, ou seja, na falta de novos lançamentos imobiliários. “Se não houver produto novo, que são os lançamentos imobiliários, certamente haverá demissões. O número de lançamentos está reduzindo. Por outro lado, existem casos eventuais que acontecem quando, por exemplo, uma empresa tem um contrato cortado. Nestes casos também não há como segurar os funcionários”, explica.
Segundo a Suframa, as empresas que utilizam os minerais não metálicos no PIM são: Abrasivos Montagna Ltda.; Amazon Sand Indústria e Comércio de Areia de Fundição Ltda.; Amazon Temper – Indústria, Comércio e Serviços Ltda.; D P Indústria e Comércio de Vidros Ltda.; Eternit da Amazônia Indústria de Fibrocimento Ltda.; Itaporanga Artefatos de Concreto Ltda e Saint-Gobain do Brasil Produtos Industriais e para Construção Ltda.

Contratação deve crescer
Na contramão do cenário de números negativos no Estado, a contratação de mão de obra apresenta números positivos e crescentes. O presidente do Sintracomec-AM (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem e Manutenção, Industrial, Construção e Montagem de Gasodutos e Óleodutos e Engenharia Consultiva do Amazonas), Cícero Custódio, afirma que as demissões ocorreram com frequência no período entre janeiro e maio deste ano e a partir de junho até este mês houve um crescimento entre 4% e 5% nas contratações para atender às obras dos projetos imobiliários particulares e também às obras governamentais.
“Nossa expectativa é de que novos projetos sejam lançados em setembro e que novos trabalhadores sejam admitidos. Em julho 1,5 mil trabalhadores foram admitidos”, conta.

Priscila Caldas
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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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