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Fatores contingenciais dos sistemas de controle

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Como podem ser os formatos de controle nos diferentes tipos de organizações?
Os sistemas de controle eficaz apresentam contribuições importantes para as organizações, todavia os formatos desses sistemas sofrem adequações de acordo com as variáveis organizacionais. Uma organização de pequeno porte, cuja estrutura é centralizada e com um grau de importância elevado de suas atividades terá formatos de controle diferentes de uma organização de grande porte, que atua de maneira descentralizada e com uma cultura organizacional participativa. Essas são algumas das contingencias que formatam os sistemas de controle.

Dentro das variáveis organizacionais a dimensão pode abranger empresas de pequeno e de grande porte. Cujo o formato do sistema do primeiro caso é baseado em controles feitos de maneira pessoal e informal, utilizando-se de observações diretas bem como de relatórios verbais. Já o caso de uma empresa de grande porte se utiliza de controles formais e impessoais. Devido ao seu porte este tipo de empresa apresenta um grande número de processos que aumentam o grau de complexidade e automatização dos formatos do sistema de controle.

Outra contingência pode ser baseada pelo nível hierárquico ocupado pelos colaboradores. De certa forma a base operacional é controlada por critérios simples e diretos com mensuração objetiva. Já em se tratando da alta administração, critérios múltiplos de avaliação, que privilegiam uma visão de conjunto, são utilizados para exercer o sistema de controle.

A estrutura organizacional também exerce forte influência sobre o controle. É de se esperar que uma estrutura centralizada possua um menor número de controles e de critérios de avaliação pela razão de já definir previamente como as coisas devem ser feitas. Em contrapartida, uma estrutura organizacional descentralizada necessita de maiores informações e de feedbacks, assim sendo utiliza controles mais diversificados e abrangentes.

Quando os próprios funcionários de uma organização exercem o autocontrole sobre o seu desempenho, revela uma cultura participativa e colaborativa. Por outro lado a cultura coercitiva é marcada pela rigidez, onde seus sistemas de controle são formais, ameaçadores e impostos de forma centralizada como maneira de garantir os resultados.

Ainda alinhado aos fatores contingenciais cabe entender o estilo de liderança. Este é fruto da percepção que possuem sobre o comportamento de seus subordinados. Quando um gestor acredita que somente os fatores externos motivam seus subordinados, tende a preferir controles formais específicos e quantitativos, é o caso do estilo de liderança autocrático. A sua contrapartida é composta pelo gestor que acredita na motivação pela responsabilização, reconhecimento e autoestima. Neste caso o líder democrático se utiliza de sistemas de controle mais informais e participativos. Aqui o foco é trabalho em conjunto e não a punição.

Por fim cabe comentar sobre a relevância da atividade organizacional como fator contingencial do formato dos sistemas de controle. Quando uma atividade ou um processo é de extrema importância para a organização é de se esperar que seu controle seja mais sofisticado e abrangente. Ao passo que será mais informal e simples quando a importância da atividade for menor.
As variáveis organizacionais podem aparecer combinadas e isso impacta seu controle, cabe então ficar atento ao formato do sistema para cada caso que aparecer.

Irineu Vitorino

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