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Faltam chips no mercado

No começo de fevereiro, a Qualcomm havia confirmado os rumores de que haveria uma escassez de chips no mercado. Mas parece que a situação pode estar ainda pior do que se imaginava: fontes do setor ouvidas pela chinesa Business News revelaram que os estoques de processadores para celulares estariam completamente esgotados.

Segundo informações levantadas pela reportagem, a Qualcomm, companhia que fornece chips mobile a grandes marcas como Xiaomi, Realme, Samsung e Motorola, estaria levando mais de 30 semanas para fazer a entrega completa dos pedidos. “Atualmente, processadores para celulares, chips de gerenciamento de energia e microprocessador estão todos esgotados”, disse um analista da indústria taiwanesa.

Ao mesmo tempo em que os chips mobile estão contados, as fabricantes continuam aumentando seus portfólios de smartphones; há alguns dias, a Xiaomi revelou a nova linha Redmi K40 em três versões, todas utilizando plataformas premium da Qualcomm. Durante a conferência após o lançamento, o presidente da empresa, Lu Weibing, reconheceu a escassez de peças necessárias para a produção dos aparelhos.

“Os chips estão esgotados este ano, e é uma grande falta. Não ousarei prometer que haverá escassez de celulares em 2021”, disse o executivo. A Realme, por outro lado, que está prestes a apresentar o poderoso Realme GT 5G com Snapdragon 888, confirmou que os principais chips e materiais da Qualcomm “estão fora de estoque, incluindo fontes de alimentação e aparelhos de radiofrequência”.

Naturalmente, o problema parece estar relacionado à pandemia de Covid-19, uma vez que os fornecedores de peças não conseguiram se ajustar à recuperação da demanda —durante o primeiro semestre de 2020, por exemplo, os pedidos de chips entraram em colapso devido ao fechamento de fábricas, mas a procura por eletrônicos nos meses seguintes não parou de crescer, o que teria “inundado” a indústria.

Situação generalizada

A escassez de chips no mercado, no entanto, não vem acontecendo somente no segmento de smartphones. O setor automotivo já vinha sofrendo com a falta de peças há alguns meses, mas a lentidão vem afetando a indústria de consoles, com a Sony tendo problemas em conseguir chips para o novo PlayStation 5, e até a de computadores —a Nvidia estaria com estoques reduzidos das placas de vídeo RTX 30xx.

O vice-presidente da Samsung Foundry, divisão de chips da sul-coreana, reconheceu recentemente que a escassez de peças se tornou um problema global, o que pode afetar a demanda por dispositivos móveis no futuro. Cristiano Amon, no entanto, novo CEO da Qualcomm, disse que a oferta deve melhorar no segundo semestre deste ano, provavelmente quando a pandemia de Covid-19 estiver mais controlada ao redor do mundo.

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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