Pesquisar
Close this search box.

Falta qualidade em cursos de pós-graduação no AM

https://www.jcam.com.br/negociosservicos3_cad2_0710.jpg

De acordo com o superintendente da FGV-Isae (Fundação Getulio Vargas – Instituto Superior de Administração e Economia do Amazonas), Lincoln Campos, a cidade de Manaus está acompanhando a tendência mundial de expansão da oferta de cursos posteriores à graduação, como é o caso dos MBAs (Master of Business Administration). No entanto, ele aponta que são poucas as instituições de ensino na cidade comprometidas com a qualidade dos serviços prestados.

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o economista avalia a situação dos cursos ofertados na capital amazonense, do perfil do profissional exigido pelas empresas, a concorrência entre os centros de ensino, que lançam todo ano no mercado de trabalho vários profissionais sem a devida preparação técnica e teórica, e responde inclusive às críticas de outras instituições e mesmo dos que consideram caros os cursos da fundação.

Jornal do Commercio -Como o senhor avalia a expansão dos programas de pós-graduação ofertados em Manaus?
Lincoln Campos – O que se verifica em Manaus, e em especial na última década e meia, é um crescimento significativo na oferta desses programas, o que não é, aliás, um fenômeno unicamente local. Verificamos esse processo no restante do Brasil, e até no mundo, onde os programas com essas características estão crescendo em importância e em diversidade, com novas propostas, e uma considerável variedade em abordagens metodológicas. Manaus está fazendo parte desse processo.

JC -E no que diz respeito à qualidade, como está a situação do ensino nas instituições locais?

LC – Como temos verificado também no restante do país, há ofertas que são trabalhadas com mais critérios, que possuem um corpo docente mais qualificado e conteúdos mais atualizados. Mas você também tem, por outro lado, experiências que não chegam a níveis considerados de excelência.

JC -A exemplo do que acontece com a oferta de cursos, a concorrência entre os centros de ensino parece seguir na mesma direção de expansão. Estariam então as instituições na busca desenfreada para ganhar espaço no mercado, formando uma grande quantidade de profissionais sem a adequada preparação?

LC – Isso pode realmente ocorrer, como acredito que esteja ocorrendo em alguns casos. Mas o próprio mercado vai elevando o nível das instituições de um modo geral, na medida em que elas vão se expondo às exigências dos clientes e a elas respondendo. Algumas fazem isso mais rapidamente, outras lentamente. Algumas não conseguem se sustentar e desaparecem, porque o mercado acaba compreendendo que elas não constituem uma boa opção. Com o aumento da oferta, tende também a ocorrer, aos poucos, uma seleção entre as instituições, com tendência a permanecer apenas aquelas que dão uma resposta de maior qualidade e mais efetiva para quem faz um investimento do porte que é realizado em programas de pós-graduação de alto nível. A tendência é haver depois uma acomodação no sentido de fortalecer as que apresentam maior qualidade nos seus programas.

JC -O senhor diria que são poucas que estão atuando nesse sentido?

LC – De um modo geral, sim. São poucas que oferecem um nível elevado de qualidade na cidade.

JC-O que tem feito a Fundação Getulio Vargas nesse âmbito?

LC – No caso da fundação, há uma preocupação com a qualidade dos conteúdos, com o perfil do corpo docente e com a qualidade do programa como um todo, seja pedagógica, dos conteúdos e mesmo dos materiais. As pessoas quando passam pelos nossos programas, efetivamente vivenciam uma experiência de forte agregação de valor em termos de conhecimento.

JC – O Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) vai se instalar em Manaus no início de 2008 e tem como concorrente a FGV. Para os diretores da organização, o instituto, que tem base na metodologia americana de ensino, dá ênfase às aulas práticas, enquanto a fundação volta-se para a teoria, o que a distancia da realidade diária das empresas. O que o

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes