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Falta mão de obra ao comércio

Até o final de dezembro o comércio pretende contratar cerca de 5 mil trabalhadores temporários. Aproximadamente 60% desse quantitativo já foi admitido. Segundo os empresários, 2014 se mostra atípico e em pleno final de ano há um déficit relacionado a disponibilidade de trabalhadores para atuarem no segmento. O motivo, seria a inauguração de dois novos centros comerciais na cidade e ainda a opção de escolha, feita pelo candidato, para ingressar no distrito industrial.

O presidente da CDLM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag, afirma que as contratações devem continuar após o mês de janeiro para atender as demandas das lojas que abrem as portas nos novos shoppings centers que são: Sumaúma Park Shopping e Shopping Manaus Via Norte. Ambos inauguraram em novembro, na zona norte da cidade.
“É um ano atípico. Teremos um gargalo neste final de ano porque existem vagas mas os novos empreendimentos absorvem estes trabalhadores. Essas admissões com certeza terão continuidade após o mês de janeiro porque as lojas vão continuar inaugurando”, disse Assayag.

De acordo com o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Ismael Bicharra, o período de seleção para a contratação temporária teve início em agosto. Ele conta que a cada mês as dificuldades para encontrar o profissional com perfil adequado ao comércio foi mais visível. Somado a absorção dos trabalhadores pelas novas lojas, o presidente destaca como principal obstáculo a deficiência na disponibilidade da mão de obra qualificada. “Estamos vivendo uma situação complexa no Estado. Há quem queira o emprego mas não o trabalho.

Em uma seleção de um total de 20 candidatos, somente dois aparecem para trabalhar”, conta. “Outra situação é que as pessoas dão preferência às vagas no distrito industrial. As indústrias, por receberem incentivos fiscais, pagam melhor”, completa.

Para Bicharra, é necessário haver um trabalho por parte do governo junto às entidades com atenção aos investimentos em qualificação da mão de obra. “Esse trabalho deve ter foco, principalmente, na questão cultural do cidadão. Isso envolve a sua relação com o empregador e a sua responsabilidade com o emprego”, avalia.

O assessor de economia da Fecomércio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), José Fernando Pereira, declara estar preocupado com um fator que pode por em risco o abastecimento do comércio e consequentemente as vendas natalinas. O problema é a possível greve ameaçada pelos funcionários da Suframa. “Se isso acontecer as atividades econômicas do Estado paralisam e consequentemente prejudicam o desempenho do comércio neste período de final de ano. Toda projeção feita neste período deve ser relacionada ao fator greve”, alerta.

Segundo Pereira, do total de trabalhadores contratados anualmente como temporários cerca de 30% é efetivado. Ele também ressalta que isso não é uma regra.
A maior oferta de vagas é destinada a função de vendedor. Para concorrer à vaga o candidato precisa ter no mínimo o ensino médio completo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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