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Falta de produto na prateleira irrita consumidor

Eficiência em qualquer negócio varejista é, fundamentalmente, ter os menores custos, a melhor gestão logística e estratégica e, acima de tudo, entender e manter-se permanentemente ligado nas mudanças de hábitos e comportamentos da clientela. Estudo do instituto de pesquisas Nielsen, revelou que a classe C mostra-se mais exigente, busca maior qualidade das mercadorias, mas preza o bom preço, e procura marcas com forte apelo à saudabilidade e aos cuidados com o meio ambiente.
Segundo a pesquisa, nos últimos dois anos, classe C ganhou 22,5 milhões de pessoas e, hoje, já representa 44% do total de domicílios urbanos, alcançando 16 milhões de lares. Do total de gastos das categorias de produtos analisadas na pesquisa, 46% provêm diretamente da classe média – em limpeza, chega a 57% – e a população situada nessa faixa socioeconômica gasta 6% mais do que a média das demais e, em alguns casos, como no de limpeza, novamente, o gasto anual é 31% maior.

Trabalho árduo

A missão dos varejistas para manterem-se atualizados frente às constantes mudanças que ocorrem nos produtos, na mídia, nas preferências, nos hábitos e no estilo de vida de seus clientes realmente não é das mais fáceis. E, se o índice de eficiência também não estiver acima da média do mercado, os prejuízos são inevitáveis.
A busca constante pelos mais altos índices de produtividade e rentabilidade, em qualquer negócio, tem há muito tempo levado a indústria e o varejo a unir esforços para combater um dos principais ralos da lucratividade e a fonte de muito descontentamento do consumidor, a falta dos produtos ou ruptura, isto é, a ausência de determinada mercadoria na loja.
Além do problema para o consumidor, a ruptura corrói os resultados de supermercados em todo o mundo, com perdas tanto para os fabricantes, quanto para os varejistas. “A ocorrência de rupturas quebra a promessa dada pelo sortimento e resulta em perdas de vendas e margens dos itens faltantes e, eventualmente, dos complementares para a ocasião do consumo e, pior, deteriora a satisfação do consumidor e a preferência pelo estabelecimento e o estimula fortemente a comprar no concorrente”, explicou o superintendente da Associação ECR Brasil (www.ecrbrasil.com.br), Claudio Czapski.
A associação promove, desde o ano passado, uma campanha de combate às rupturas, com a participação de varejistas, atacadistas, distribuidores, fabricantes, operadores logísticos, enfim, de representantes de toda a cadeia de abastecimento brasileira.
Em pouco mais de um ano, a iniciativa recebeu mais de 4.000 inscrições de empresas de todo o país, para participar do esforço de reduzir as bilionárias perdas causadas pela falta de produto e ineficiências ao longo da cadeia de abastecimento brasileira. A conta é simples: quanto representa cada ponto porcentual de ruptura no setor supermercadista (abaixo, dados de uma pesquisa recente), por exemplo, cujas vendas das 500 maiores companhias superaram R$ 136 bilhões em 2007, de acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

Perdas chegam a 40%

A ruptura frustra, irrita e gera a sensação de perda de tempo por parte do consumidor. “Pesquisas demonstram que, caso não encontre 20% dos itens procurados, o cliente é capaz de largar o carrinho inteiro para trás, por mais cheio que esteja”, afirmou Czapski. Ele explicou ainda que o problema da falta de mercadorias provoca perdas de até 40% para o varejo e de 35% para indústria, alcançando prejuízos de bilhões de reais anualmente.
De acordo com estudo recente da Escola Superior de Propaganda e Marketing, de São Paulo, a taxa média de ruptura nos supermercados paulistas de todos os portes é de 8,3%, o que significa que, a cada cem produtos, mais de oito estão em falta no momento da compra. Para o superintendente da Associação ECR Brasil, no entanto, os números podem variar, para pior. “Enquanto alguns itens ou categorias podem ter rupturas até abaixo de 8%, há muitos que chegam a mais de 20% ou 30%.”

Buscando soluções

A campanha de combate às rupturas se desenvolveu com a identificação das principais causas que levam à ruptura e a recomendação de processos simples e práticos que auxiliam os gestores de empresas a combatê-las sistematicamente, reduzir sua incidência e o impacto delas no faturamento. Tudo está disponível em cinco fascículos temáticos, colocados à disposição, gratuitamente, para os varejistas de todo o país e seus parceiros.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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