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Falta de comunicação é principal empecilho

De 2008 para 2009, o mercado de franquias no Brasil aumentou cerca de 11%. Os segmentos de alimentação, saúde e beleza, vestuário e educação são os com maior participação em número de unidades. Ao analisar o tempo dos franqueados no mercado, um dado chama a atenção: 42% está há menos de um ano no sistema.
A Avaliação sobre a Gestão entre Franqueadores e Franqueados, realizada em parceria pelo Grupo Bittencourt e GS&MD – Gouvêa de Souza, avaliou os elementos ligados aos modelos de gestão do setor de franquias no país, a partir de uma comparação entre as respostas dadas por 120 franqueadores e 310 franqueados dos quatro principais segmentos do país – em um universo de 40000 franqueados.
“Além do fato de os franqueados serem novos no mercado, o que acarreta um nível de maturidade com o negócio baixo, o maior problema na relação entre franqueados e franqueadores dá-se à falta de diálogo”, destaca o sócio-diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza, Fábio Beltrão. Segundo ele, o que acontece é uma diferença de pressupostos.
O franqueado parte do princípio de que receberá ajuda total durante todo o processo, ao passo que o franqueador se limita nesse apoio. Na busca por um ponto comercial, por exemplo, 74% dos franqueadores afirmam que oferecem apoio total, mas apenas 36% dos franqueados concordam. Como as percepções são diferentes, acontecem os “desentendimentos”.
Conforme afirma Beltrão, “a relação entre franqueados e franqueadores é de interdependência.” Para ele, da mesma forma, por exemplo, que deveria haver uma explicação do manual por farte do franqueador, o franqueado deveria sempre sanar suas dúvidas nessa fase inicial e, assim, evitar frustrações.
De acordo com as consultorias, alguns detalhes poderiam ser repensados. O franqueado, por exemplo, sente falta de uma avaliação contínua, tanto em relação aos outros franqueados quanto do mercado em si. Por outro lado, o manual entregue pelos franqueadores não costuma ser lido na íntegra por quem o adquire, por esse motivo surgem tantas dúvidas e a sensação de desamparo. Incentivar o uso do manual pela Internet seria uma solução, por ser um meio em crescimento e de fácil acesso. A pesquisa apontou que o segmento de saúde e beleza é o que mais utiliza a Internet, com 55%.
Segundo o executivo, outro fato importante é a análise curricular, bem como acontece em qualquer processo seletivo. Algumas empresas já o fazem e a diferença no trabalho é notável. Basicamente, é possível dividir o franqueado em três perfis: jovens com o anseio em ter o próprio negócio, aposentados e CEOs recém-saídos da empresa, e ter o perfil de empreendedor é essencial, tal qual a importância de uma avaliação.
“Recorrer a uma consultoria de negócios significa entrar no mercado com um primeiro ‘know-how’, ou seja, a consultoria analisa o perfil do candidato, qual o empreendimento que melhor se adéqua e o que o franqueado pode esperar. Isso inclui investimento inicial, capital de giro e até tempo de retorno”, afirma Beltrão, “fazendo toda a diferença mais tarde”, conclui.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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