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Falta de acordo sinaliza greve

Após algumas reuniões, sem acordo, entre os sindicatos patronal e laboral, os trabalhadores da indústria de material plástico pretendem deflagrar greve após o dia 14, caso o sindicato laboral não feche acordo da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) 2021-2023. Segundo o Sindiplast (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico de Manaus), o sindicato que representa os empresários do setor segue irredutível e resistindo a proposta reivindicada pelos trabalhadores, entre elas os reajustes de 100% no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e 3% de aumento real.

“Até o momento não houve acordo. O que eles oferecem não tem condições de fechar. Querem propor parte do INPC dividido em duas vezes,  a categoria não concorda. O que nós queremos é a reposição total e de uma vez. Nós vamos aguardar a última reunião prevista para o dia 14, se não tiver acordo, a partir daí vamos paralisar para pressionar o sindicato patronal”, declara Franciso Brito, presidente do Sindiplast. 

De acordo com o presidente do Sindicato laboral,  a categoria exige ainda 1,5% de aumento em cima do piso salarial, hoje, no valor de R$1.487,35. A data-base da categoria é em janeiro.

Brito informou que semana passada funcionários das empresas PAM Plásticos e de uma unidade da Tutiplast Indústria e Comércio Ltda, sinalizaram alerta de greve atrasando em uma hora o início das atividades. “O movimento deve ocorrer em 104  fabricantes do setor,  associadas ao sindicato. É apenas um alerta para pressionar o fechamento da CCT”. 

Paulo Abreu, presidente do Sindicato patronal, informou que, em função das altas incidências da inflação neste período, o Sindicato só poderá  dar continuidade às negociações após os resultados dos índices do INPC – um gerado em novembro e o índice do fechamento dos últimos 12 meses que fechará em dezembro. “Nos vamos ter principalmente que analisar a possibilidade de fechamento já que a nossa data-base é em janeiro. Dia 15 do referido mês é o nosso limite para fechamento dos acordos em torno da Convenção Coletiva de Trabalho. Tudo vai depender disso. Estamos em processo de tratativas. Verificando o que é possível buscando consenso, mas não temos nenhuma afirmação positiva ou negativa em função de falta de dados importantes. As negociações estão em andamento e temos mais 45 dias para conclusão. Até o momento não temos nenhum posicionamento dado como possível”. 

No mês passado, Paulo Abreu, reiterou que a ocasião estava sendo discutida as cláusulas financeiras e que não podem avançar rapidamente as negociações, porque tem  que esperar a inflação do INPC dos meses de novembro e dezembro, por que as projeções para os referidos meses sinalizavam  expectativas de índices altos com relação ao mesmos período de 2020. “Como nossa data base é janeiro de 2022, temos tempo para aguardar estes números”. 

Questionado sobre a possibilidade de o Simplast aprovar a proposta dos trabalhadores, ele fez a seguinte ponderação: “Considerando as últimas quatro negociações, o índice ficou muito muito perto do INPC acumulado do ano anterior”

Segundo Abreu, todos os esforços estarão concentrados para que até a primeira quinzena de dezembro as negociações estejam asseguradas. Ainda conforme ele, a ideia é que as reuniões não ultrapassem os prazos e que o Sindicato já tem a agenda com cronograma das reuniões nos dias 12 e 16 de novembro com o resultado final garantido na convenção coletiva. 

O alinhamento das negociações estão amparados  por quatro cláusulas  sobre questões financeiras. “Vai viabilizar um debate mais rápido, em relação às análises das cláusulas de contexto social.“Com certeza serão negociações mais rápidas porque discutiremos quatro cláusulas. Enquanto no contexto social são analisadas 62 cláusulas, exigindo mais tempo de discussão. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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