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Fabricantes de cachaça brigam pelas garrafas

A guerra das garrafas de litro retornáveis na indústria da cachaça, que vem se desenro­lando em capítulos desde o ano 1985, pode estar entrando em sua etapa final. A Companhia Müller, dona da marca líder de mercado, a 51, terá de cumprir a decisão de recolher todas as garrafas em circulação com o ‘51’ em relevo.

A empresa também pode ter de pagar uma indenização de aproximadamente R$ 48 milhões às empresas Caninha Oncinha e Missiato Indústria e Comércio, dona da pinga 61. A Müller, porém, ainda pode recorrer da decisão da Justiça.
Essas duas empresas alegam manipulação do mercado em função do poder econômico da Müller, capaz de impor suas garrafas e, com isso, obrigá-los a fazer “marketing involuntário”. A maioria dos 30 mil fabricantes do país não tem como separar manualmente na linha de produção automatizada as gar­­rafas recolhidas em bares. Co­­­­mo são embalagens de uso comum, deveriam ser lisas.

Pior do que fazer propagan­da à revelia, de acordo com o advo­gado da Oncinha, Carlos Fer­­­­raz, é o fato de as garrafas li­­­­sas escassearem, dificultado a operação dos fabricantes. “Em 1994, a 51 havia celebrado acordo comprometendo-se a não fabricar a garrafa da discórdia, que desapareceria naturalmente”, disse ele. Mas a Müller seguiu com as garrafas identificadas. “É um inimigo poderoso, que intimida, mas todos vão se beneficiar da decisão judicial”. Representantes da Müller não foram encontrados para se pronunciar.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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