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Fábrica lança Showroom de instrumentos

A Oela (Oficina Escola de Lutheria da Amazônia) é reconhecida internacionalmente pelo trabalho desenvolvido com jovens na confecção de instrumentos musicais com madeiras legalizadas pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC – Forest Stewardship Council). A instituição aproveita as celebrações pelo Dia do Meio Ambiente (comemorado no último dia 5) e lança um showroom no Dimpe (Distrito de Microempresas), localizado na Estrada do Turismo.
Com peças de valores a partir de R$ 1.200, o fundador da Oficina, Rubens Gomes, destaca que os instrumentos vendidos pela Oela podem ser considerados os mais baratos no mercado. “Um violão de concerto de 13 cordas, por exemplo, normalmente é vendido por R$ 30 mil. Por aqui, é possível adquirir a peça com a mesma qualidade por apenas R$ 8 mil”, explica.
Entre os objetivos do showroom, Gomes comenta que pretende alcançar o público desde os estudantes de música aos profissionais e despertar neles o desejo e a valorização do produto regional. “É natural ver o entusiasmo de musicistas internacionais que agendam a visita ao ateliê só para acompanhar o trabalho da equipe”, diz. Atualmente, o time de especialistas é formado por sete luthiers. No entanto, o objetivo é dobrar este número até dezembro deste ano.
Na lista dos músicos brasileiros que escolheram os instrumentos artesanais confeccionados por alunos da Oela estão Artistas como Gilberto Gil, Nando Reis, Lenine e Milton Nascimento estão entre os brasileiros que utilizam instrumentos artesanais da Oela.
No exterior, os principais interessados são os países europeus, em especial Portugal e Alemanha. “É muito gratificante levar um produto artesanal feito com matéria-prima da Amazônia para lugares tão distantes, mas a intenção é trazer os nossos instrumentos para os estudantes de baixa renda”, torce.
Em atividade há quinze anos, a conscientização ambiental sempre foi característica presente para a Oela. Embora alguns instrumentistas não aprovem a utilização de madeiras não-tradicionais, o músico João Bitar garante que não há diferenças. “Além da durabilidade do violão e da sensibilidade na criação da peça, um Oela te dá a certeza de que não houve agressão à natureza” enfatiza.
As principais madeiras utilizadas nos instrumentos da Oela são o marupá, o breu branco, o tauari vermelho, e o coração de negro. De acordo com Gomes, as madeiras de origem amazônica dão lugar a espécies em extinção, como mogno, cedro, pinho, ébano e jacarandá.
Baseado nessa dedicação à Amazônia, a entidade recebeu o financiamento de R$ 1 milhão como incentivo da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). A verba deve ser direcionada a estudos em parceria com o Inpa (Insituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) para identificar novas fontes renováveis de obra-prima. As pesquisas terão início ainda no segundo semestre deste ano.
Para ver de perto o trabalho desenvolvido no ateliê e comprar os instrumentos, os telefones de contato são (92) 3644-5459 e 3638-2667; os endereços eletrônicos são o e-mail [email protected] e o site www.oela.org.br.

Saiba mais:

Atualmente, quase três mil jovens participam das atividades desenvolvidas na Oficina, que vão da prática de esportes ao estudo de línguas estrangeiras. Entre os principais instrumentos fabricados na Oela, estão violões (clássico, acústico, eletroacústico, Flat, Frame, Cutaway), bandolins e cavaquinhos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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