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Exportações retraídas no primeiro semestre

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Os números de exportações do PIM (Polo Industrial de Manaus) no primeiro semestre deste ano registraram queda de 7,11% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Apesar de baixas, as exportações do PIM sinalizam para um possível crescimento, alavancado principalmente pelos concentrados de bebidas que têm um grande mercado em países vizinhos. Os indicadores para importações registraram alta e o Amazonas registrou o maior valor nas importações da região (US$ 6,671 bilhões, sendo US$ 6,664 bilhões da capital), tendo como principais responsáveis a compra de equipamentos e de insumos para o PIM.

Desligando alarmes
No primeiro semestre as exportações do PIM alcançaram US$ 363.201.980,30. O valor inferior ao ano passado se deu pela instabilidade econômica mundial, a redução dos negócios com a Venezuela e o ‘calote’ argentino, mas de acordo com o gerente executivo do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios) Marcelo Lima, a produção não foi afetada drasticamente e o mercado interno foi responsável por consumir 98% do que foi produzido. “Não aparecemos bem no mercado externo, mas nada grave”, ressalta Lima.
Os indicadores para importações representam estabilidade do mercado e não devem ser alarmantes. Os números indicam uma prática comum no Amazonas, segundo o gerente executivo. “Mantem-se a proporção de um para 10, ou uma venda para cada 10 compras. Sempre compramos mais do que vendemos e isto é causado pela necessidade de insumos do PIM”, conta o gerente.

Foco no mercado interno
As vendas para o Mercosul têm estado em baixa e o PIM, alicerçado no mercado interno, tenta a recuperação. Segundo Lima, o reforço no consumo nacional tem suas vantagens. “É um mercado que paga pouco, mas paga em dia. A Argentina está fora e a Venezuela passa por dificuldades que podem dificultar os pagamentos. No início deste ano recebemos propostas de empresários da Venezuela para a venda de alimentos e nada aconteceu. Existe o risco de calote e não trabalhamos com ajuda humanitária, então é melhor apostar no mercado brasileiro,” fecha.
O alto consumo do mercado interno parece ter ‘contaminado’ o jeito de negociar do empresário amazonense, muitos preferem apostar no consumidor nacional a arriscar em outros mercados. De acordo com o gerente do CIN-AM essa estratégia não garante estabilidade perene. “Recentemente divulgamos uma feira de cosméticos em Bogotá (Colômbia), contatamos o empresariado local, propomos logística, acompanhamento de analistas, stands e outros benefícios, mas tivemos pouco feedback. O empresário local deve estar atento de que é necessário contato com outros mercados, o que acontece com as grandes do PIM é planejado na matriz internacional. Não se pode comparar empresas que caminham com as próprias pernas com as pequenas e iniciantes”, conta Lima.

Mês de junho
De todo o volume de exportações do semestre (US$ 363.201.980,30), o setor de concentrados de bebidas se destaca por superar outros setores que eram recordistas anteriormente. Superando as vendas de motocicletas e eletroeletrônicos, os concentrados só no mês de junho alcançaram um faturamento de US$ 50.485.493 (88,60% acima que o total faturado no mesmo mês em 2013), sendo US$ 49,4 milhões desse total destinados a uma só empresa. O segundo melhor faturamento em junho foi o do setor de duas rodas. As exportações de motocicletas ‘made in ZFM’ totalizaram US$ 11.502.408.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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