Pesquisar
Close this search box.

‘Expoagro vai agora até o espectador’, diz Petrucio Magalhães

‘Expoagro vai agora até o espectador’, diz Petrucio Magalhães

O secretário de Estado da Produção Rural, Petrúcio Magalhães, anuncia uma versão completamente inovadora da Expoagro 2020, que este ano será completamente digital. São pelo menos R$ 150 milhões em linhas de crédito que serão disponibilizados pelos agentes financeiros durante os três dias da feira – 28, 29 e 30 de setembro.

Depois de seis anos parada, a Expoagro voltou a ser realizada em 2019. E foi um sucesso, salienta o secretário. Por conta da pandemia do novo coronavírus, ganha agora esse novo formato para atender às demandas do setor primário do Amazonas, um segmento que vem ganhando fôlego nos negócios.

Na edição do ano passado, mais de R$ 70 milhões movimentaram o evento que, além de disponibilizar grandes oportunidades de negociação de máquinas, equipamentos, insumos e linhas de financiamento, também oferece shows de artistas e uma diversificada gastronomia, baseada principalmente na culinária regional.  

“A Expoagro digital reunirá tudo o que uma feira presencial proporciona a empresas, agentes financeiros e ao público em geral”, afirma Petrúcio. E mais: a compra de máquinas e equipamentos poderá ser feita com isenção de ICMS durante os três em que será realizada a feira, segundo o secretário.  

Uma vasta programação poderá ser acessada por computadores, tablets, celulares, sem limites de participantes. E de forma gratuita. Serão realizadas palestras, cursos técnicos, para a capacitação dos produtores rurais.

Todo um suporte técnico será montado para atender aos produtores e à população, exclusivamente pela internet. E ainda haverá o Seminário de Bioeconomia da Amazônia, que será transmitido ao vivo, reunindo conferências de vários especialistas da área, trazendo as últimas novidades do setor.

“Desta vez, a Expoagro vai até o espectador por sua plataforma digital. O público poderá assistir a tudo confortavelmente em casa”, acrescenta Petrúcio Magalhães.

O secretário de Produção Rural falou exclusivamente ao Jornal do Commercio.

Jornal do Commercio –  Como será a Expoagro digital?

Petrucio Magalhães – Desde o ano passado, trabalhamos o resgate da Expoagro que esteve parada durante seis anos. É um evento que movimenta muito a economia, criando oportunidades para grandes negócios, serviços, trabalhos e renda à população. Então, entendemos que era fundamental retomar essas atividades.

E aí vem a pandemia que mudou todos os nossos planos para 2020. Então, decidimos fazer a versão digital, que oferecerá tudo o que uma feira presencial proporciona a empresas, agentes financeiros e ao público em geral, com rodada de negócios, shows e uma farta gastronomia, baseada principalmente na culinária regional.

Em 2019, a Expoagro foi um sucesso. Em três dias, foram movimentados pelo menos R$ 78 milhões, com a participação de um público superior a 50 mil pessoas. Houve capacitações de produtores rurais, cavalgadas, treinamentos, venda de animais e de outros produtos com isenção de ICMS. E agora estamos planejando estender esses eventos também para todo o interior do Estado.

JC – Quando será realizada a feira?

Petrucio – Acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de setembro. Nosso portal já está no ar. A inscrição já pode ser feita gratuitamente. Aliás, ninguém vai pagar nada para ter acesso às programações.

É importante ressaltar que a Expoagro terá tudo o  que uma feira presencial pode proporcionar. A Amazonastur disponibilizará chefs que vão ensinar a fazer pratos regionais. Haverá uma praça de alimentação exclusiva, com transmissão ao vivo de shows artísticos.

Nosso portal já está no ar. O público poderá acessar tudo de casa. Uma vasta programação será realizada durante os três dias da feira pela nossa plataforma www.expoagro.am.gov.br.

JC – Como o produtor rural poderá ter acesso a linhas de financiamento, à isenção do ICMS?

Petrucio – Todo e qualquer produto, como máquinas, equipamentos, insumos, vendido durante os três dias de feira terá isenção ou redução de ICMS.

Se o consumidor tiver dinheiro para a compra direta nas empresas, estará isento de pagar o imposto. Mas se recorrer a linhas de financiamento, terá um desconto nesse tributo. A plataforma disponibiliza pavilhões digitais para cada seção – negócios, linhas de financiamento, suporte técnico, animai, cursos, palestras, shows, enfim, tudo o que é necessário para atender aos espectadores.

O produtor vai poder escolher o equipamento que mais se adapta às suas necessidades, tendo orientações de empresas e também de especialistas.

JC – Quais são as linhas de crédito?

Petrucio Magalhães – O governo do Amazonas disponibilizou uma linha de crédito de R$ 150 milhões para os três dias de realização da feira. Os recursos podem ser acessados pelos agentes financeiros – como Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Afeam e cooperativas de crédito.

JC – Os agentes financeiros também estarão na plataforma digital?

Petrucio Magalhães – Sim, com certeza. Os produtores e outros interessados vão poder entrar em contato direto com os bancos pelo computador, tablets, celulares. Poderão negociar direto com o agente financeiro que confiam.

JC– Os cursos do Senar serão acessados pela plataforma?

Petrucio Magalhães – Sim, inclusive os interessados vão poder fazer os cursos em qualquer horário, de acordo com a sua disponibilidade de tempo. Acontecerá também o Seminário de Bioeconomia da Amazônia com palestras de vários especialistas, que vão anunciar as últimas novidades do setor primário. Não temos espaço físico. Será  tudo de forma digital.

Depois do encerramento da feira, vamos disponibilizar toda a programação digital ainda por alguns dias para quem não teve a oportunidade de assistir ao evento durante o calendário oficial.

JC – Observamos que as atividades ligadas ao setor agrícola não pararam durante a pandemia no Amazonas. Como está a questão das vicinais, tão importantes para escoar a produção que vem principalmente da zona rural?

Petrucio Magalhães – Andamos pelo interior e constatamos as condições das vicinais que estão numa situação de UTI. Quando falamos nessas estradas, não focamos só como escoar os produtos, mas também facilitar o acesso de estudantes a escolas, permitir a entrada de ambulância para socorrer as pessoas doentes.

Então, criamos um programa inédito chamado de ‘SOS Vicinais’, que vem recuperando essas estradas. Em um ano e oito meses  de gestão, nos esforçamos muito para resolver o problema. Por exemplo, fomos ao ramal do Areal, onde trabalham 300 famílias de agricultores em propriedades de 5 a 10 hectares, com uma atividade agrícola bem diversificada – de piscicultura a fruticultura.

Toda essa produção é destinada a Manaus para abastecer o mercado consumidor. Quer dizer, o produtor tem todo um trabalho de plantar e depois não pode escoar o produto porque o ramal não dá condições. E se tenta, a camionete, o carro, quebram. E o lucro todo é gasto com a recuperação dos veículos.

Por isso, estamos recuperando as vicinais para dar mais condições de trabalho aos produtores rurais. O governo do Amazonas anunciou que o ‘SOS Vicinais’ vai ser estendido para outros municípios do interior do Estado.

JC – A Expoagro já tem um local definido na BR-174?

Petrucio Magalhães – O projeto do parque no Km 2 da BR-174 que abrigará a Expoagro está belíssimo. Ele ganhou um outro formato, mais moderno e inovador. A proposta é que o local seja visitado permanentemente durante todo o ano pela população local e também por turistas que visitam a capital.

JC – As subvenções aos juticultores já estão programadas para serem pagas este ano?

Petrucio Magalhães – Sim, o governo do Amazonas vai fazer o pagamento no dia 20 de novembro. Temos compromissos com os juticultores, principalmente com os produtores de pico. O rio está baixando. É o momento de plantar as sementes de malva, fibra. Estamos convocando todas as cooperativas e a indústria. Vamos esperar passar o calendário eleitoral para fazer esse pagamento.

Estamos desenhando uma ação que reúne outras instituições públicas e a faculdade de ciências agrárias da Ufam para agregar mais valor a essas atividades. É com o diálogo que vamos avançar para uma melhor produção no setor primário.

Marcelo Peres

Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar