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Expectativa sobre economia do Brasil cresce

O cenário econômico para o Brasil apresentou uma ligeira melhora entre janeiro e abril deste ano, devido a uma melhora na avaliação da situação atual do país e à estabilidade nas expectativas.
O ICE (Índice de Clima Econômico) para o Brasil subiu de 6,4 pontos para 6,5 pontos. Os dados constam da pesquisa “Sondagem Econômica da América Latina’’, realizada em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) e o instituto de pesquisa alemão Ifo.
Segundo a pesquisa, o índice que avalia a situação atual subiu de 7,5 para 7,9 pontos, e o referente às expectativas para os próximos meses ficou praticamente estável, passando de 5,2 para 5,1 pontos.
O documento mostra que o ICE aumentou também para a Venezuela e para o Uruguai. No país platino, o índice da situação atual e o índice de expectativas subiram, levando a um ICE de 8 pontos em abril. Na Venezuela, o ICE subiu de 4,1 para 4,7 pontos, mas o país permanece na região de um cenário econômico ruim, segundo a FGV.

Queda entre
janeiro e abril
O ICE da América Latina, por sua vez, caiu de 5,2 para 4,9 pontos entre janeiro e abril, ficando abaixo da média dos últimos dez anos (5,1 pontos). Foi também a primeira vez que o índice ficou abaixo de 5 pontos desde o segundo trimestre de 2003, o que indica que a avaliação do desempenho econômico é considerada ruim.
O índice de expectativas ficou estável -de 4,1 passou para 4,0 pontos- e continua abaixo da média histórica de 5,5 pontos. O índice da situação atual foi de 5,8 pontos, sinalizando um cenário de bom desempenho econômico. Além disso, o índice permanece acima da média dos últimos dez anos, 4,7 pontos.

“A piora do ICE da América Latina acompanha a tendência mundial’’

A queda em relação a janeiro deste ano (quando chegou a 6,3 pontos) foi o fator que pesou na apuração do ICE. “A piora do ICE da América Latina acompanha a tendência mundial’’, diz o documento.
“O ICE do mundo passa de 5,1 para 4,6 pontos entre janeiro e abril. O índice de expectativas (IE) do mundo, assim como na América Latina, cai menos que o índice da situação atual (ISA) entre esses dois períodos. O IE recua de 4,1 para 3,8 pontos e o ISA de 6,0 para 5,3 pontos. No entanto, os resultados mostram que a piora nas expectativas mundiais é mais acentuada que na América Latina.’’
A América Latina ocupa a quinta posição na comparação dos ICE das outras sete regiões que compõem a sondagem mundial do Ifo, diz o documento. O maior índice é o da Comunidade dos Estados Independentes (fazem parte da pesquisa cinco dos 11 países da comunidade: Cazaquistão, Rússia, Quirguistão, Ucrânia e Uzbequistão), 6,2 pontos, seguido do Oriente Médio, Ásia e Europa Oriental. O pior índice é da América do Norte -3,5 pontos-, antecedido pela África, Europa Ocidental e Oceania.
As principais quedas do ICE dentro da América Latina foram as registradas na Costa Rica (7,0 para 4,0 pontos), Argentina (5,0 para 3,4 pontos) e Bolívia (5,0 para 3,8 pontos). Em todos esses países há piora nos índices da situação atual e das expectativas. Há uma deterioração na avaliação da situação atual nos países latinos. Onde se registra melhora do índice, como no Brasil e Paraguai, o aumento foi apenas de 0,4 pontos.
Além do Uruguai e a Venezuela, apenas a Colômbia experimenta um aumento no IE de 2,8 para 3,8 pontos. Os outros países apresentam uma queda abaixo de um ponto percentual, exceto a Costa Rica, onde o índice passa de 5,0 para 3,0 pontos.
Na sondagem de janeiro, nove países haviam apresentado índices de clima econômico igual ou acima de 5,0 pontos, o que os classificava numa região de desempenho econômico bom. No mês de abril o número de países caiu para cinco: Brasil, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai.
No conjunto de todos os países analisados, entretanto, a pesquisa mostra que foi a piora na avaliação da situação atual, mais do que as expectativas que explicam os resultados para a América Latina.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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