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Expectativa do varejo tem queda

Cai a expectativa de vendas para o Dia dos Namorados em Manaus. O crescimento de 5% sobre o ano passado, previsto inicialmente pela CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus) deve chegar a no máximo 4%. Em 2011, no mesmo período, o incremento nas vendas foi de 6,2%, injetando cerca de 87 milhões no comércio local.
O fraco desempenho do Dia das Mães foi um dos motivos apontados para a revisão feita pela entidade. “Tivemos problemas nas vendas de maio. devido aos índices de inadimplência, as enchentes e ao resultado fraco dos primeiros meses, sobretudo de abril”, detalhou o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag.
O Dia das Mães que deveria ter incrementado as vendas entre 8% e 9%, não chegou nem mesmo a 6%, conforme lembrou o vice-presidente da Fecomércio-AM (Federação do Comércio de Bens, Séricos e Turismo do Estado do Amazonas) Aderson Frota.
“Se chegarmos aos 4% previstos já podemos comemorar. A revisão é lúcida uma vez que até o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) já foi modificado este ano”, ressaltou.
Ao desaquecimento das vendas, o economista acrescenta fatores como um cenário nacional da economia comprometido que envolve dificuldade de concessão de crédito, redução da taxa de juros –Selic– ineficaz até o momento.
“O cenário externo também começa a preocupar o governo. A produção industrial está caindo e comércio segue pouco aquecido. Além disso, o consumidor está preocupado em positivar seu nome junto ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito)”, complementou.
A enchente do rio Negro que já atingiu a cota de 29,96 metros é um outro motivo que freia as boas expectativas para a data.
Para o presidente da ACA (Associação Comercial do Amazonas), Gaitano Antonaccio, o acréscimo previsto pode não acontecer.
“Minha previsão é de que o resultado vai ser equivalente, talvez até menor do que em 2011. Quem apostar nas promoções ainda pode conseguir um resultado um pouco melhor”, opinou.
Ele justifica que mesmo um grande volume de vendas não vai garantir o incremento, devido ao baixo valor agregado dos presentes, que em geral são telefones celulares, roupas, calçados e perfumes.

Extensão dos prejuízos

Os dirigentes das entidades comerciais já afirmam que os prejuízos poderão ser sentidos não apenas agora, mas no desempenho final do segmento em 2012.
“A enchente deve prejudicar o resultado do comércio no final do ano, mas apenas após setembro quando as águas baixam é que poderemos calcular o impacto”, ponderou Aderson Frota.
Segundo ele, a esperança para o setor está no segundo semestre, principalmente a partir de setembro com o retorno das águas ao nível normal e com o aquecimento das vendas para o Natal.
“Estamos somando todos os dias de movimento para ver se conseguimos fechar a ‘conta’ do comércio no final do ano”, completou Ralph Assayag.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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