Nos últimos dias, o panorama do mercado financeiro confirma que a Bolsa de Valores está imprevisível neste ano. O seu principal índice de referência, o Ibovespa, está em torno de 15% negativo e as ações mais negociadas não conseguem sair do mesmo patamar. De janeiro até o último dia 20 de agosto, as ações preferenciais (sem direito a voto) e as ordinárias da Petrobras e da Vale demonstraram a força que possuem tanto para empurrar o mercado acionário para cima como para baixo. É o que revela um estudo realizado pela Hera Investment, que mostra como a Bolsa poderia se comportar caso esses papéis fossem retirados do Ibovespa.
Formada pelas ações com maior volume nos últimos 12 meses, a carteira do índice é alterada a cada quadrimestre. A última contém 66 ações de 57 empresas e vale até o final de agosto. A Hera isolou a carteira nos últimos cinco quadrimestres e traçou o comportamento da Bolsa em cada um dos períodos. Se Petrobras e Vale não existissem, o principal índice brasileiro de ações teria subido somente 23,7% em 2007, ao invés dos 43,65% acumulados. Neste ano, sem a Vale e a Petro, o Ibovespa teria caído somente 10,2%, e não os 16,5% oficiais até 18 de agosto. “O movimento de alta ou queda da Petrobras e da Vale reflete-se diretamente no Ibovespa”, relata Ricardo Loureiro, analista da Hera Investment e realizador da pesquisa. Porém, segundo ele, a alta mundial do petróleo fez mais diferença que a do minério de ferro. “A Petrobras teve mais importância para a alta do Ibovespa do que a Vale”, completa.
O comportamento das duas gigantes é distinto do das outras companhias no índice. Por terem participação menor, as altas e baixas isoladas das ações menores, mesmo representando cerca de 70% do mercado acionário, pouco alteram o comportamento da Bolsa. “O desempenho de Vale e Petrobras no Ibovespa está ligado à liquidez. Isto se justifica porque sempre há compradores e vendedores em qualquer cenário”, afirma Loureiro.
No entanto, desde o ano passado, o comportamento das commodities no mercado externo influenciou significativamente as ações da Petrobras e da Vale. Diante deste quadro, muitas dúvidas surgem: até que ponto o Ibovespa reflete a economia brasileira e se as commodities são o retrato fiel da produção do país? “Evidentemente que não. Índices de referência são apenas uma aproximação da realidade e não devem ser seguidos passivamente”, diz Rodnei Riscali, sócio e diretor executivo da Hera Investment. De acordo com Riscali, saber qual o maior peso de uma ação na Bolsa é uma informação importante para o investidor na hora de decidir montar sua carteira, principalmente para saber o retorno buscado pelo próprio indivíduo.
Com sede em São Paulo, a Hera Investment é uma empresa especializada em investimentos de mercado, e está presente nas principais capitais do país. Atua por meio de operações, sistema de home broker e fundo de investimentos, executando um papel crucial no dia-a-dia dos investidores, durante a compra e venda de ações (Bovespa) e de contratos futuros (BM&F).
Estudo revela força das ações da Vale e Petrobras
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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