“A qualidade do sistema educacional de uma nação será uma das principais determinantes – talvez a principal – de seu êxito durante o próximo século e para além dele”. Howard Gardner – psicólogo cognitivo e educacional, autor da teoria das inteligências múltiplas.
Estratégia educativa
Estratégia no campo educativo, termo esse que encerra muitos sentidos, amplos, bem amplos até grandiosos, dependendo do contexto a que estiver atrelado. Faz referência, principalmente, à definição de um conjunto de objetivos, aos produtos resultantes e às atividades que se definem, produzem ou desenvolvem para enfrentar um problema de grande magnitude e complexidade, como implantação, ampliação e melhoria da qualidade do ensino.
No contexto atual, o processo educacional que está instalado, requer uma intervenção que vise e estabeleça a criação de condições favoráveis à estabilidade das variáveis macroeconômicas necessárias às medidas de uma política pública de ajustamento estrutural, de modo que se estabeleça a edificação da sociedade democrática em plena recuperação socioeconômica, minimizando os bolsões de pobreza e elevando a qualificação do trabalhador.
Desse modo, a adoção efetiva de políticas públicas educativas integradas, nas quais o eixo primordial seja o desenvolvimento do capital humano, que concorra à redução das desigualdades sociais e eleve a qualificação do capital intelectual. Assim, a educação representa o papel chave em toda sua dimensão, abrangência e impacto, impulsionando o desenvolvimento econômico.
Nesse passo conceitual, as características que o processo educacional assume, abarca todos os grupos e camada sociais que devem participar dos programas educativos. Ressalta-se que esse universo eleva o papel chave no processo ensino-aprendizagem dentro do contexto social. Portanto, a estratégia passa a ter caráter dinâmico, indicativo, orientador, que atinja o interior da sociedade, objetivando a realidade local, como qualquer outro fato econômico decorrente.
Desenvolver é incluir o cidadão no estado de direito
Educação é a via que leva a pessoa à inclusão social. Isto é, possibilita que sociedade tenha maior visibilidade das condições de seu autodesenvolvimento socioeconômico, melhore e assegure oportunidades para todos os cidadãos e permite melhor distribuição interna dos rendimentos do fator trabalho no âmbito dessa economia globalizada. Visto desse prisma, sustenta-se que na atualidade, via fatos econômicos resultantes do momento estrutural, assista-se a absorção do fator de produção trabalho de baixa qualificação, devido ser a oferta dessa mão-de-obra desqualificada maior que a demanda em segmentos específicos, tais como a indústria da construção civil, nivelando seus ganhos ou rendimentos por baixo ou piso.
Sabe-se o quão difícil é a priorização de metas e respectiva alocação de recursos em educação em um Estado que tem outras carências igualmente graves e desafiantes, como a pobreza endêmica, a saúde, o saneamento básico (água encanada, privadas, esgotos, meio-fio, bocas-de-lobo e etc), tudo isso afeta os segmentos mais pobres da população, o que concorre para a diminuição de tempo escolar desses contingentes, levando à carência crônica de sub-qualificação da mão-de-obra que leva ao atraso no processo de desenvolvimento econômico estadual.
Esse quadro não permite a inclusão cidadã, visto que a fase atual do capitalismo mundial é a predominância do conhecimento que induz à criatividade a inovação, tido como o pressuposto maior para a dinamização da economia. Em consequência, vê-se as forças de mercado e as necessidades da sociedade se sobreporem às do próprio Estado, cada vez mais deficiente frente sua função primordial de cuidar e promover o bem-estar social e indutor do desenvolvimento adequado àquelas necessidades sociais.
Os fatos são de fracasso, porém não mais indignam os cidadãos e seus representantes, com raras exceções. Chega de propaganda falaciosa, a sociedade precisa de ações rea
