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Estimulando o Empreendedorismo

No relatório de 2016 sobre a Universidade Empreendedora a Endeavor e o Sebrae revelaram que a Universidade do Massachusetts Institute of Technology (MIT) gerou sozinho mais negócios com as empresas de seus alunos em 2014 que o PIB total do Brasil em 2015. Para isso ofereceu 60 cursos relacionados a empreendedorismo, cursos intensivos de práticas empreendedoras, dentre outras atividades. Essa iniciativa de longo prazo gerou 30.000 empresas fundadas por ex- alunos, responsáveis por 4,6 milhões de ocupações. Partindo desse exemplo um caminho propício para estimular o empreendedorismo pode ser a Universidade. Pois ela permite o desenvolvimento da atividade empreendedora de valor.

Estrutura, professores e atividades pertinente fazem parte desse ecossistema. Assim existem algumas iniciativas essenciais que preparam o aluno para o empreendedorismo como disciplinas de empreendedorismo, serviços de suporte à criação dos negócios, parques tecnológicos, incubadoras e aceleradoras, acesso a investidores por intermédio da universidade e programas de ex-alunos ao apoio empreendedor.

Também colaboram para a melhoria empreendedora os conteúdos das disciplinas como franquias, negócios familiares, empreendedorismo social, gestão de pequenos negócios, inovação e tecnologia, criação de novos negócios, introdução ao empreendedorismo e até mesmo inspiração para empreender. Esses temas podem ser abordados em todos os cursos da universidade, todavia são mais comuns aparecerem em ordem crescente em ciências agrárias, ciências da saúde, nos cursos de linguística, letras e artes, ciências biológicas, ciências humanas, ciências exatas da terra, ciências sociais aplicadas, engenharias, administração e negócios.

Com relação à quantidade de disciplinas ofertadas e à quantidade de alunos que cursam as mesmas observa-se que o Norte e o Nordeste têm a menor porcentagem de participantes, sendo que o Norte apresenta apenas 20,2% de alunos que frequentam as disciplinas ofertadas. Aqui nota-se claramente que existe uma grande oportunidade de crescimento e se o Norte necessita gerar emprego e renda mais do que os outros Estados devem utilizar muito mais as oportunidades de cursar as disciplinas do que os outros Estados que necessitam menos.

O reforço da pesquisa também incrementa o movimento empreendedor assim ações como trilha de empreendedorismo com a disponibilidade de diploma-minor, centros de pesquisa para estudo de caso de empreendedores, pesquisas sobre o ecossistema empreendedor da própria IES ou do ecossitema como um todo, inovação e tecnologia, comportamento empreendedor, e professores envolvidos em pesquisa de empreendedorismo, estudo e criação de inovação e tecnologia contribuem para reforçar o ecossitema.
Além da pesquisa programas extracurriculares também reforçam os objetivos empreendedores. Dentre essas atividades destacam-se os programas “bota pra fazer”, bolsas de estudo ligadas a empreendedorismo, rede de contatos de investitores para alunos empreendedores, articulação e participação em competições nacionais e internacionais, servições de suporte para os negócios dos alunos, mentoria de empreendedorismo para os alunos e organizções ou entidades estudantis voltadas para pequenos negócios e empreendedorismo.

As estruturas físicas também integram um papel fundamental nessa missão, como os maker spaces ou fablabs, os parques tecnológicos, os laboratórios de empreeendedorismo, as incubadoras e as aceleradoras onde estas possuem um papel funtamental para empresas de alto potencial. As estruturas comumentes utilizadas pelas universidades se apresentam com os nomes de departamentos de empreendedorismo e pequenos negócios, centros de empreendedorismo, núcleo de inovação tecnológica, faculdade de negócios e administração dentre outros.

Mas empreender não é uma atividade que somente a universidade deva realizar e desenvolver sozinha se faz necessário outros players nesse jogo como fundos de investimentos, ONGS nacionais e locais, governo federal, estadual e municipal, outras instituições de ensino superior (IES), agências de fomento, Grandes Empresas, Pequenas, e Médias Empresas locais e o Sebrae local e nacional.

Algumas instituições se utilizam de programas que também apoiam o movimento empreendedor a exemplo das redes de contatos de investidores para alunos e empreendedores, os programas Alumni formado por ex-alunos e os programas de colaboração de ensino de empreendedorismo para escolas do ensino médio e fundamental. Outras também proporcionam atividades e conteúdos aberto ao público de sua comunidade, fortalecendo mais ainda seus programas de extensão. Além dessas atividades oferecem vagas para Startups, o terceiro setor, o setor público, grandes, médias, micros e pequenas empresas.
Dentre as atividades mais tradicionais de empreendedorismo estão as competições de pitch, de ideias de negócio, hacktons, start up weekend, semana global de empreendedorismo, feira de empreendedorismo, feira de inovação, empresas juniores, visitas e excursões focadas em empreendedorismo e pequenos negócios e o mais simples e comum de todos que é palestrantes convidados para falar sobre empreendedorismo.

Não disse que era fácil e simples, mas repito se quisermos obter o resultado diferente em emprego, renda e geração de negócios de valor precisamos adotar um conjunto de ações que propicie o cidadão empreender e a universidade tem um papel fundamental nessa missão.

Boas escolhas e organizações e claro apoiemos o evento da Universidade Empreendedora, nosso país merece.

Irineu Vitorino

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