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Estiagem deve fomentar produção de carvão

A estiagem deve impulsionar o crescimento do ramo de pequenas carvoarias em Manaus. Essa é a previsão de Elias Farias, empresário do setor, segundo o qual, com a vazante, o acesso à madeira, antes submersa, fica mais fácil, o que deve render incremento nos lucros de 20% a 30% neste segundo semestre.
De acordo com Farias, que possui uma carvoaria no Puraquequara, nos primeiros seis meses deste ano, a produção de carvão não registrou um desempenho favorável, por conta das fortes chuvas que atingiram a capital amazonense nos primeiros meses de 2008, o que desencadeou uma forte cheia nos rios e igarapés da região de onde é retirada a madeira.
A queda no faturamento registrada pelo empresário nos primeiros seis meses deste ano foi entre 40% e 50% em relação ao mesmo período do ano passado. “A nossa fabricação ficou em baixa neste período, porque era muito difícil ter acesso aos ramais para recolher a madeira, pois a região estava alagada”, afirmou.
A carvoaria de Farias existe há cinco anos e hoje possui oito funcionários e três fornos.
Conforme Farias, sua produção semanal de carvão varia de 70 a 130 sacos de 50 quilos cada e as embalagens são comercializadas a R$ 1, principalmente para mercadinhos e churrascarias tanto de Manaus como do município de Rio Preto da Eva.
Segundo o proprietário, o período de alta demanda nesta fábrica foi logo no início dos trabalhos. “O período de pico foi quando abrimos a carvoaria e hoje a procura está menor por conta da falta de material”, constatou.

Fiscalização de serrarias

Farias diz acreditar que a fiscalização nas serrarias por parte do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) retrai a produção de madeira, pois a maioria dessas indústrias não possui serviço legalizado. “Procuramos trabalhar exclusivamente com serrarias que estejam legalizadas, para que não haja degradação da natureza e somente a preservação do meio ambiente”, destacou.

Matéria-prima reaproveitada

O material reaproveitado para a fabricação de carvão é proveniente de madeireiras próximas ou não das carvoarias, ou seja, a origem do carvão não é de árvore derrubada, fato que não agride o meio ambiente. “Quando há alguma fiscalização não tem perigo, porque quando a fabricação é oriunda de reaproveitamento de madeira não representa destruição para a natureza”, enfatizou o empresário.
Farias disse ainda que a madeira reaproveitada para a produção de carvão não possui alto custo. “O material utilizado possui apenas valor de encargo, mas é matéria-prima de melhor qualidade”, frisou. “As serrarias que fornecem material para as carvoarias, na maioria dos casos, estão localizadas em regiões próximas a este local, fato que serve de estratégia para redução do frete”, acrescentou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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