Em um novo estudo publicado na revista Science Advances, uma equipe de pesquisadores descreveu como a planta Portulaca oleracea (uma espécie de erva daninha) consegue fazer um novo tipo de fotossíntese capaz de fornecer resistência à seca.
Conforme dissertam os autores, essa combinação muito rara de características leva a erva daninha a ser uma espécie de “super planta”, com direito a uma variedade de mecanismos distintos para melhorar a fotossíntese.
Para se ter um parâmetro, o milho e a cana-de-açúcar desenvolveram uma fotossíntese chamada C4, que permite que a planta permaneça produtiva sob altas temperaturas. Já os cactos possuem outro tipo chamado fotossíntese CAM, que as ajuda a sobreviver em desertos e outras áreas com pouca água. Esses dois tipos de fotossíntese representam funções diferentes, mas recrutam a mesma via bioquímica para atuar como “complementos” à fotossíntese regular.
O que torna a Portulaca oleracea única é que ela possui essas duas adaptações evolutivas, que permitem que ela seja altamente produtiva e também muito tolerante à seca. A combinação é improvável, e despertou a atenção da comunidade científica.