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Erro perdoado, afinal é o Roberto

(…) O importante é que emoções eu vivi… (…)
Pois é, esta semana começo com algo que achei incrível. Entre “tapas e beijos”, o show do Roberto Carlos é um show, mesmo. Se você não foi, perdeu. E o incrível é que as empresas ainda não têm controle adequado para manter seus clientes satisfeitos.
Uma fila enorme nas galerias para achar assento nas arquibancadas, uma “ruma de gente”, como aprendi aqui com esse povo fantástico do Amazonas.
O tumulto instaurado, o show por começar e mais ingressos vendidos do que assentos disponíveis. Não bastasse o incômodo, foi visível perceber o lamentável comportamento das pessoas que não conseguem entender que os problemas acontecem e se exacerbam de maneira indelicada, mal-educada, infelizmente. O povo gritando: “vou jogar lata d’água em quem estiver na minha frente, (…), vou molhar todo mundo aí, (…), sai da minha frente, (…), eu paguei o ingresso para ver o show sentado, e ninguém vai ficar na minha frente…”. É triste ver que ainda temos muita gente que não aprendeu nada na vida, que é egoísta ao extremo, e agressiva quando deveria ser parcimoniosa.
A percepção do outro é fundamental para uma vida em sociedade, para a construção de um modus vivendis adequado ao que se espera de uma vida por relacionamentos, saúde, segurança, alegria e tranquilidade. Não é obra ou obrigação do Estado prover esse recurso que temos jogado fora. Nossos filhos vão à escola, mas somos nós, pais, que precisamos complementar a educação que eles precisarão ter para uma vida em grupo. A cada dia que passa, fica patente que as crianças de hoje, que já não respeitam os mais velhos, os próprios pais, que cometem atrocidades na noite, ou na “night”, são os adultos de amanhã, que tornarão essa bagunça social em um caos pior, o da premente violência contra o próximo.
Permitimos abandonar nossas obrigações quando acreditamos que a Escola teria condições de educar, tal o ensino antigo, onde até ‘comer com garfo e faca’, em algumas delas, era parte do currículo. Lembro-me de que muitos dos parentes e amigos mais velhos, comentavam em como era rígido o sistema educacional e como se disciplinava, mas a queda da ditadura acabou com alguns valores importantes nas escolas, o curso de Moral e Cívica, OSPB, Filosofia, Idiomas, Música, e por aí vai, disciplinas que construíam o pensamento e a formação do caráter do homem. Não tenho saudades do modelo militar, mas o ensino tinha componentes importantes que precisavam ser revistos e adicionados, novamente, ao que aí está.
Lamento à parte ficou patente, e parabéns por isso, o excepcional trabalho da nossa Polícia Militar do Estado do Amazonas, que manteve a sua calma, a dos que estavam em pé e dos reclamantes. Junto com a coordenação do evento, tudo correu muito bem, com tranquilidade, e todos foram devidamente acomodados, satisfeitos e puderam curtir um show espetacular.
Quando as coisas acontecem de forma correta, justa, é importante que a gente também aprenda a ressaltar, a elogiar, principalmente em uma instituição que tanto tem para se preocupar como a nossa polícia, que trata com o que há de pior na nossa sociedade, os soldados se expõem diariamente, vidas em jogo o tempo todo, tensão contínua e, manter a calma e o cuidado com as pessoas, tenho certeza, é um grande diferencial para a organização.
Parabéns à polícia, à estrutura do estádio, impecável para receber as pessoas, e aos organizadores que puderam deixar sua excelência, o governador, em paz para assistir ao show e curtir bons momentos com os seus, contornando a situação elegantemente. É assim que se trata um cliente (que pagou) que ‘pede’ por uma percepção de gente, através do respeito e do bom atendimento.
Estou satisfeito.
Boa semana, bom trabalho e sucesso nos seus negócios.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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