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Energias alternativas não bastam

A questão energética no Brasil é de suma importância, não há como implementarmos programas de desenvolvimento como o PAC sem termos na retaguarda a segurança que não faltará energia para a condução dos meios de produção. Contudo as energias chamadas renováveis estão sendo contempladas no Proinfa (Programa de Incentivos às Fontes Renováveis de Energia). Não há dúvida que esse programa é válido levando em consideração a extensão territorial do Brasil e a possibilidade que essas energias proporcionam em locais onde a distribuição ainda é precária, ademais, são fontes de energia canalizadas em especial a determinados segmentos industriais, para se ter uma idéia, no Proinfa várias empresas apresentaram projetos que envolvem a geração de 6,6 mil MW, o dobro do limite que a Eletrobrás está autorizada a contratar. Mais da metade (3.681,58 MW) são de projetos de energia eólica. Os projetos de PCHs somam 1.924,17 MW e os de biomassa outros 995,25 MW (bagaço de cana, casca de arroz, cavaco de madeira e biogás de aterro). São dados fantásticos com esses tipos de energia também evitaremos a emissão de 2,5 milhões de toneladas de gás carbônico/ano, ampliando as possibilidades de negócios de Certificação de Redução de Emissão de Carbono, nos termos do Protocolo de Kyoto.

Agora, não resta dúvida que esse programa é reduzido, isso no meu entender, não vem atender um país com a extensão e o potencial industrial como o Brasil, precisamos sim à parte da implementação dessas modalidades de energias alternativas pensarmos na energia nuclear, até porque somos a sexta maior reserva de urânio do mundo (309,3 mil toneladas) tendo prospectado apenas 25% do território. A energia nuclear é limpa e economicamente viável, não há dúvida que o potencial hidrelétrico no Brasil é grande, contudo a energia nuclear, do ponto de vista de produtividade de energia, é melhor além de ser uma energia limpa; ademais, é evidente que o Brasil possuindo a sexta maior reserva de urânio não pode deixar de pensar em outra coisa a não ser energia nuclear. Aqueles que não concordam com a energia nuclear, com Angra 3, ainda vivem à época em que as Usinas não tinham a segurança. Hoje temos conhecimento, temos tecnologia, temos gente altamente qualificada para fazer o processo, além disso temos que desenvolver cada vez mais tecnologia nessa área como o processo de “conversão” (produção de hexafluoreto de urânio), processo esse que ainda não dispomos em escala industrial e que a Marinha esta desenvolvendo com o apoio do governo federal com pesados investimentos públicos. Portanto, a saída é a energia nuclear, sem dúvida.

Fernando Rizzolo é especialista em Energia Alternativa. E-mail: rizzolotwordpress.com

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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