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Empresas relutam em participar do setor petroleiro

Manaus sedia desde ontem, dia 14, o evento internacional sobre produção petrolífera do Norte e Nordeste do Brasil, PetroNor 2011, que é realizado pelo convênio entre Petrobras e Sebrae (Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) através do Projeto Adensamento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia no Amazonas. Segundo o diretor-técnico do Sebrae Amazonas, Maurício Seffair, a expectativa do evento não é só movimentar o setor, mas gerar negócios para as micro e pequenas empresas atuantes do setor.
Seffair conta que o projeto tem parceria com a Petrobras desde 2004 e que nesse período aproximadamente 45 empresas foram credenciadas a fornecer produtos e serviços para a petrolífera. “Mas estamos também preparando um grupo maior e significativo de empresas que tem um cadastro forte para que possam comercializar seus produtos e serviços”, revela.
De acordo com a gestora do projeto, Helena Garcia, a PetroNor 2011 busca promover as ações do setor, que se encontra em plena atividade na região. “Com a construção do gasoduto Coari-Manaus, houve maior expansão nas atividades do setor. O evento tem como intuito mostrar a situação atual das bacias petrolíferas da Amazônia, bem como as oportunidades de investimento e fornecimento de bens e serviços das mesmas”, afirma a gestora.
Responsável por fazer do Estado do Amazonas o terceiro maior polo produtor do país, a província petrolífera de Urucu registra diariamente a produção média de 53 mil barris de óleo e de 11 milhões e 500 mil de metros cúbicos de gás natural, segundo dados da Petrobras. “Nós temos feito cada vez mais investimentos tanto na área de exploração, quanto de estrutura, como a colocação de mais sondas de perfuração”, comenta o gerente geral da Unidade de Exploração e Produção da Amazônia, da Petrobras, o geólogo Luiz Ferradans.
Ele salienta que durante a produção é levada em conta a singularidade da região Amazônica. “Por isso, nós estamos sempre utilizando tecnologias mais evoluídas no sentido da petrolífera proteger o meio ambiente”, disse. “Estamos há 23 anos de produção e esperamos com descobertas e a intensificação da atividade permanecer aí por mais duas ou três décadas”, complementa o gerente da Petrobras, que investe média de R$1 bilhão por ano na atividade de exploração e produção da Amazônia.
Para Alberto Melo Franco, coordenador da Rede Petro no Amazonas, hoje um dos desafios do setor é conseguir reunir os empresários para discutir melhorias para a área, entre elas a maior participação no mercado das empresas locais. “A maioria das empresas vem de fora e a gente fica a ver navios, atualmente apenas 35% de produtos e serviços são fornecidos pelas empresas locais, nós queremos mais, pelo menos 70%, mas estamos trabalhando para isso”, destaca e afirma que para o crescimento do setor é necessário quebrar paradigmas.
O evento conta com a presença de representantes de instituições públicas, parlamentares, líderes de entidades de classe e empresários do setor de petróleo e gás, além de representantes de empresas públicas e privadas do segmento no Peru, na Bolívia, na Venezuela, no Equador e na Colômbia.
Ao longo do evento, serão realizadas seis mesas redondas, nas quais o público conhece e discute as perspectivas, desafios e oportunidades do setor na Amazônia. Uma exposição também foi montada no local. O PetroNor vai até hoje, dia 15, e a perspectiva é de gerar em torno de R$10 milhões em negócios.
O destaque na terceira edição do evento é o Encontro de Negócios no qual participam 62 micro e pequenas empresas, sendo 32 do Amazonas, sete grandes companhias petrolíferas, entre elas, a Petrobras e a estatal boliviana YPFB. Ao todo são previstas 432 reuniões de negócios em que, durante 10 minutos, grandes empresas conversam com pequenas empresas sobre possíveis parcerias e negócios. Durante cada reunião, a empresa de grande porte conhece os diversos equipamentos, ferramentas, segurança, manutenção elétrica e mecânica, entre outros produtos e serviços, oferecidos pela pequena empresa.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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