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Empresas elevam preços das passagens aéreas em 11,15% no mês de julho

Segundo o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), André Braz, o mês de julho é conhecido por ser de reajustes nos preços das passagens. Porém, de acordo com a FGV, o aumento efetuado no mês passado foi o mais intenso, para um mês de julho, nos últimos sete anos. Para o economista, as empresas podem ter aproveitado o mês para elevar um pouco mais os preços das passagens, e assim recuperar suas margens de lucro prejudicadas pelo caos no setor.
Os dados constam de levantamento especial da FGV, realizado a pedido da Agência Estado, com base na movimentação de preços medida pelo IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna). Segundo a análise, nos últimos 18 meses, período no qual o setor aéreo enfrentou crises sucessivas, como a quebra da Varig, paralisações de controladores de tráfego aéreo e queda de aviões os preços das passagens aéreas já acumulam queda de 34,6%.
Essa flutuação pode ser percebida em pelo menos um balanço de empresa. Hoje, a Gol divulgou o desempenho do segundo trimestre deste ano. No período, a companhia informou que a tarifa média foi reduzida em 11,5%, de R$ 190,0 para R$ 168,2.
Para Braz, a elevação de preços nas passagens em julho sofreu algum impacto sazonal, visto que o mês de julho é característico de férias, que gera um aumento no número de pessoas em viagem. Com o aumento na demanda, as empresas aéreas aproveitam para aumentar os preços de suas passagens, e assim melhorar sua margem de lucro.
Entretanto, Braz considerou que, desde o ano passado, as companhias estão lidando com um cenário muito ruim, devido à desconfiança dos consumidores em relação ao serviço – que gerou um deslocamento de passageiros para outros tipos de transporte – e com aumento de custos, gerado por razões como aumento no preço de combustível ou até mesmo trocas de aeroportos nos destinos finais de vôo, por exemplo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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