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Empresas do PIM correm riscos de quebrar contratos internacionais

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Rejeitada a proposta de tabela salarial e de calendário apresentada pelo governo federal no início desta semana, a 6ª edição anual da greve dos auditores fiscais federais, iniciada há 18 dias (completados nesta sexta-feira), pode perder aliados com a decisão do Sindicato dos Metalúrgicos e CUT-AM de pressionar o governo estadual e a Justiça para que o fim do estoque de insumos não ocasione demissões em massa no Pólo Industrial de Manaus.
Mas a queda-de-braço entre governo federal e grevistas parece longe de encontrar uma consonância. Se por um lado o Executivo acenou para a concessão de um reajuste que elevaria em 44% os vencimentos dos auditores fiscais e incluiu proposta de promoção, de outro os auditores torceram o nariz, afirmando que o percentual será repassado em três anos, tempo suficiente para uma perda do poder aquisitivo calculada em R$ 2.670, sem contar os impostos.
O impasse levou representantes de empresas e trabalhadores, na última quinta-feira, a concluir a avaliação das perdas para a indústria local, optando por enviar uma comissão para pressionar o governador Eduardo Braga e a Justiça Federal do Trabalho a tomarem um posicionamento a favor da classe operária.
Segundo o secretário de política intersindical do Sindicato dos Metalúrgicos, Aldemir Miranda de Brito, os maiores prejudicados pela greve dos auditores são os trabalhadores, cotados a perderem emprego se as empresas optarem pela paralisação de mais linhas de produção devido a falta de insumos retidos nos terminais de carga da capital. “Quanto mais tempo passa, mais difícil fica para as empresas locais conservarem o número atual de funcionários. Por isso, o Sindicato dos Metalúrgicos é totalmente contra essa greve, cujas reivindicações ferem os interesses da classe trabalhadora do pólo industrial, além de ser imoral para os padrões da economia local”, desabafou Brito.
O presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares), Wilson Périco, disse que empresas do pólo industrial correm riscos de quebrar contratos internacionais, já que pelo menos sete unidades fabris estão com suas linhas de produção comprometidas, em decorrência da greve dos auditores fiscais da Receita Federal. O executivo afirmou que o volume financeiro de insumos e equipamentos de empresas instaladas no PIM (Pólo Industrial de Manaus), retidos pela Receita, já se aproxima dos US$ 50 milhões. “Porém, o maior prejuízo é na área social e na imagem do país. Este é o sexto ano seguido em que temos greves de funcionários federais, ora na Agricultura, ora na Receita”, criticou.

Sinaees está recorrendo à Justiça

Wilson Périco disse que há grande frustração por parte dos empresários locais com relação à greve, uma vez que as negociações são restritas entre o movimento grevista e governo federal. O executivo assegurou que o Sinaees está novamente recorrendo à Justiça do Amazonas para garantir que os insumos e equipamentos retidos sejam liberados. “Na última semana, o sindicato obteve liminar que determinava a fiscalização e liberação de eletroeletrônicos, mas não foi cumprida. Queremos que a Justiça seja mais incisiva”, asseverou.
O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, afirmou que não obteve ainda as liminares solicitadas através de Mandado de Segurança, pois os procedimentos jurídicos processuais indicam que a parte interpelada, neste caso, as Alfândegas do Porto e do Teca-3 devem ser ouvidas. “Geralmente, os juízes federais dão 72 h para que os interpelados se manifestem. Desse modo, acreditamos que, na próxima semana, já teremos alguma decisão com relação a este assunto”, assegurou.
Loureiro explicou que, ao entrar com dois mandados de segurança (um de âmbito geral, contra as duas Alfândegas para a liberação de cargas em pelo menos 30% do que acusarem canais vermelho, amarelo ou cinza e outro contra a Alfândega do Teca-3), o Cieam quer obter pelo menos a liberação das cargas do Teca-3 p

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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