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Empresas deixam de reconhecer profissional graduado em turismo

Francisco Souza explicou que o turismo é uma das atividades econômicas que mais crescem no mundo, representando, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo, 10% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial. Para este ano, o governo federal, através do Ministério do Turismo, tem como meta, gerar um milhão e 200 mil empregos e aumentar o número de turistas estrangeiros.

Para o deputado e alguns acadêmicos de turismo, um dos passos para a regulamentação da profissão pode ter sido a criação do Ministério do Turismo, em 2003. No Amazonas, um dos grandes avanços, como garante o deputado, foi à criação da lei nº 2.908/2004, que dispõe sobre a política de desenvolvimento do ecoturismo e do turismo sustentável. “Para desenvolver a atividade do turismo com qualidade é imprescindível a atuação de pessoas qualificadas na área turística”, disse ele, afirmando que o turismólogo é o profissional responsável pelas política públicas do turismo. “Ele é o princípio, meio e fim. O elo para o desenvolvimento dessa atividade”, afirmou, destacando também que esse profissional também é o planejador, consultor, promotor do intercâmbio cultural, “um agente ambiental para a preservação e conservação da natureza”.

Presidente da Associação de Bacharéis em Turismo, João Firmino, chamou a atenção para a melhor preparação dos bacharéis em turismo, com atenção para as aulas práticas. Sobre o mercado de trabalho, ele disse que melhorou. “Apesar de muitas empresas ainda não reconhecerem esses profissionais, já estão abrindo as portas para os bacharéis”, disse, lembrando que os profissionais enfrentam dificuldade na área de qualificação. “Mestrado nessa área só fora do Estado”, afirmou.

Existem, hoje, em Manaus seis faculdades que oferecem cursos de turismo: UniNilton Lins, UniNorte, Ciesa, UEA e Fametro. Ainda segundo Firmino, hoje existem 1.100 profissionais formados e desses apenas 20% estão empregados no mercado de trabalho, exercendo a profissão.

Presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens, Jorge Abrahão, destacou a atuação das mulheres no setor turístico do Brasil, que emprega um milhão 998 mulheres no setor. Dos 62 mil empregados do setor hoteleiro, 54% (33.480 são mulheres).
Para o diretor de marketing da Amazonastur (Empresa Estadual de Turismo), Nicolas Cabral dos Anjos, “cada vez que um vôo se abre, um hotel se implanta, mais frentes de trabalho são criadas para os turismólogos”. Segundo ele, o Estado do Amazonas hoje já está promovendo essa boa receptividade que pode ser verificada através de pesquisas do órgão.

Qualidade no atendimento

Presidente da Manaustur, Maria Arminda Mendonça, destacou que “já sabemos receber com afetividade, mas ainda pecamos na qualidade”. Professora e turismóloga, Arminda disse que se preocupa com os profissionais que hoje são colocados no mercado de trabalho. “Falta de capacitação técnica na área de atendimento”, disse, destacando que através da Manaustur estão capacitando cerca de 200 permissionários do Adolpho Lisboa, em qualidade de atendimento e boas práticas da manipulação de alimentos. “Ao promover Manaus e o Amazonas se não tivermos qualidade no atendimento, o turista só vem uma vez”, diz ela

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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