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Empresários do Brasil, África do Sul e Índia querem área trilateral

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O Ibas (Conselho Empresarial Índia, Brasil e África do Sul) se reuniu na terça-feira em Joanesburgo, na África do Sul, e decidiu apoiar a proposta dos governos de negociar uma área de livre comércio trilateral. Em declaração conjunta, os empresários do Ibas destacaram que o fluxo de comércio entre os três países tem crescido nos últimos anos, assim como os investimentos e a transferência de tecnologia. Para que isso continue, defendem negociações para diminuir barreiras tarifárias e não-tarifárias.

Os empresários do Ibas, do qual fazem parte a CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Associated Chambers of Commerce and Industry of India, Confederation of Indian Industries, Federation of Indian Chambers of Commerce and Industry e a Business Unity South Africa, se encontraram ontem com os chefes de Estado brasileiro, sul-africano e indiano, em Pretoria, e transmitiram a eles os pontos aprovados na declaração conjunta.

Os representantes das indústrias do Brasil, da África do Sul e da Índia selecionaram seis setores prioritários para ação conjunta dos respectivos governos: energia e mudança climática, mineração, tecnologia da informação, saúde e farmacêuticos, infra-estrutura e logística e serviços financeiros.

Na questão da energia e mudanças do clima, os empresários reconheceram a importância das alterações climáticas na economia e por isso sugeriram o reforço nas ações de desenvolvimento de energia limpa. “O uso de biocombustíveis vai expandir no mundo todo devido ao crescimento da demanda por parte do consumidor, ao aquecimento global e às políticas públicas”, diz a declaração conjunta.

Por isso, defenderam a transformação do álcool combustível (álcool hidratado) em commodity internacional. O conselho sugeriu a construção de uma política de segurança energética integrada, com foco na preservação dos recursos naturais, proteção ambiental, energia renovável e financiamento de programas de eficiência energética.
Sobre a mineração, os empresários reunidos no Ibas salientaram que os três países detêm muitos recursos minerais, os exploram a contento mas poderiam obter mais retorno sobre essas commodities (minério de ferro, carvão mineral, alumínio etc). Para tanto, os três países deveriam estimular, na opinião do Ibas, o beneficiamento local desses minerais, em vez de exportá-los brutos.

O Ibas propôs ainda maior integração no setor de tecnologia da informação, principalmente nas áreas de serviços bancários e financeiros. O Brasil é um dos líderes mundiais em serviços bancários e financeiros por meio eletrônico e poderia transferir tecnologia para os parceiros África do Sul e Índia.

Os empresários do Ibas expressaram a necessidade de os três países convergirem nas questões regulatórias dos sistemas financeiros, de modo a facilitar o fluxo de capital, estimulando os negócios entre as empresas brasileiras, sul-africanas e indianas.

O problema das diferenças regulatórias também apareceu nas discussões sobre o sistema de saúde e os produtos farmacêuticos. Os empresários querem a facilitação de procedimentos para estimular as joint ventures e as transferências de tecnologias no setor, de modo a garantir investimento estrangeiro.

Na questão de infra-estrutura e logística, os empresários do Ibas enfatizaram que a conectividade entre os países será fundamental para o sucesso de quaisquer outras medidas. Os empresários destacaram que deve haver um fluxo livre de tecnologias no setor, principalmente porque os três países se comprometeram recentemente com extensos programas de desenvolvimento da infra-estrutura local.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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